Marcelo Rebelo de Sousa voltou a provar que é, de facto, um Presidente em movimento contínuo — tão contínuo que até a hérnia decidiu pedir atenção imediata.
Depois de uma indisposição que interrompeu uma simples paragem de digestão, o chefe de Estado acabou internado no Hospital de São João, onde foi diagnosticada uma hérnia encarcerada. Nada que Marcelo não tratasse como mais um ponto da agenda.
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A equipa médica interveio de urgência e garantiu que a operação “correu bem e sem complicações”. Foi tão atempada que provavelmente apenas falhou por minutos entrar no “horário nobre” presidencial. Segundo os médicos, havia risco de necrose — e ninguém quer ser lembrado como a hérnia que tentou derrotar Marcelo Rebelo de Sousa. Perderia na certa.
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O Presidente deverá ficar dois dias internado e, dizem os especialistas, duas semanas de repouso. Repouso esse que Marcelo recebeu com a mesma convicção com que costuma receber recomendações para “moderar o ritmo”: ou seja, ouviu, agradeceu… e logo a seguir pediu para ver a agenda. Fernando Frutuoso de Melo, da Casa Civil, confirmou que, minutos após sair do bloco operatório, Marcelo já queria reorganizar compromissos, provavelmente a começar por cumprimentar todos os médicos, enfermeiros e visitantes do piso.
As ordens são claras: descansar. Mas conhecendo o Presidente, é possível que “repouso absoluto” signifique apenas limitar-se a falar com 20 pessoas por hora em vez de 200.
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