Política

Marcelo Rebelo de Sousa diz que “não há democracia forte sem liberdade de imprensa”

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 25-11-2021

O presidente de Portugal disse que “não há democracia forte sem liberdade de imprensa”, argumentando que “mais liberdade de imprensa é melhor do que menos”, sendo a diferença “entre democracia e ditadura”.

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Em palestra na Fundação Calouste Gulbenkian, na apresentação do novo livro da jornalista Maria João Avillez, intitulado “As sete estações da democracia”, na noite de quarta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa ressaltou que “não há democracia forte sem forte liberdade de imprensa”.

O presidente se referiu a um “estudo recente” – o Relatório Global sobre o Estado da Democracia, publicado esta semana – que indica tanto as “fraquezas e fragilidades” da democracia portuguesa, como “desigualdades ou o funcionamento do sistema judiciário”, bem como seus “pontos fortes”, ou seja, os “jornalistas e sua luta pela liberdade de imprensa em Portugal”.

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“Ultimamente tenho repetido que, no âmbito da Constituição e da lei, é sempre preferível ter muita liberdade de imprensa e não muito pouco, é preferível pecar pelo excesso e não por defeito, porque essa é a diferença entre democracia e ditadura”, disse.

O chefe de Estado ressaltou que não se “tem que concordar com o que A, B ou C escreve”, mas disse que “aqueles que escolheram o espaço público” sabem que a liberdade de imprensa “faz parte das regras do jogo, mesmo que não o tenham feito antes”.

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Dirigindo-se ao autor do livro, Marcelo Rebelo de Sousa ressaltou que, “à sua maneira, em seu próprio estilo, com sua independência, com sua capacidade crítica e analítica”, Maria João Avillez “representou o exercício da liberdade de imprensa de forma muito original”.

Segundo o presidente da República, Maria João Avillez “acompanhou a construção da democracia como ninguém mais fez no universo jornalístico, não só porque ela durou e foi rejuvenescida, mas porque criou uma empatia que lhe permitiu ter testemunhos únicos sobre algumas das estações da democracia portuguesa”.

“É importante falar sobre essa contribuição: a forma como ela lutou pela liberdade de imprensa, concordando, discordando, mais ácido, menos ácido. Ela fez o que tinha que fazer, e eu queria reconhecer isso hoje, como presidente de Portugal”, ressaltou.

Além de Marcelo Rebelo de Sousa, o ex-presidente da República Aníbal Cavaco Silva, os ex-primeiros-ministros Pedro Passos Coelho e Pedro Santana Lopes e o atual prefeito de Lisboa, Carlos Moedas, também estiveram presentes na apresentação.

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