Política

Marcelo nega que tenha intercedido para tratamento de crianças brasileiras no SNS

Notícias de Coimbra com Lusa | 6 meses atrás em 04-11-2023

O Presidente da República negou este sábado, 4 de novembro, que tivesse intercedido junto do Hospital de Santa Maria, ou de qualquer outra entidade, para que duas crianças brasileiras pudessem beneficiar de tratamentos no Serviço Nacional de Saúde.

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“Eu ontem disse que não tinha feito isso. Não fiz. Não falei ao primeiro-ministro, não falei à ministra [da Saúde], não falei ao secretário de Estado, não falei ao diretor-geral, não falei à presidente do hospital, nem ao conselho de administração nem aos médicos”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas.

Em causa está uma reportagem transmitida na sexta-feira pela TVI que refere que o hospital de Santa Maria “abriu uma auditoria para perceber como é que duas gémeas que vivem no Brasil receberam em Lisboa um tratamento de quatro milhões de euros”, havendo “suspeitas de que isso tenha acontecido por influência do Presidente da República”.

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Segundo o chefe de Estado, o que está em causa é saber “se interferiu, ou não interferiu, isto é, se pediu um empenho, pediu uma cunha para que sucedesse uma determinada solução favorável a uma pretensão de duas crianças gémeas doentes”.

“Vendo a reportagem, ninguém aparece a dizer que eu falei com essa pessoa. Ninguém. Diz-se, consta, parece que sim, parece que, parece que havia família [do Presidente] que estava empenhada, por amizade, nisso. Mas ninguém em relação ao Presidente. E só há um Presidente. A família do Presidente não foi eleita, não é Presidente”, salientou Marcelo Rebelo de Sousa.

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“Se alguém aparece a dizer: olhe, o Presidente falou comigo, achou que, por razões humanas ou razões de outra natureza, se justificava aquilo; se aparecer alguém – que até agora não apareceu -, eu aí não tenho outro remédio senão, eventualmente, ir a tribunal – não contra a comunicação social, que não é responsável por isso -, para comparar a minha verdade com a verdade dessa pessoa. Não é um dever de defesa da minha honra. É a defesa da honra do Presidente da República”, acrescentou.

Segundo disse, o Presidente da República não pode estar sujeito a uma “suspeição de que interfere em decisões da cadeia administrativa, ordenando, recomendando, pedindo, metendo uma cunha para ninguém, muito menos aquilo que possa ser mais próximo de amigos de conhecidos”.

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