Coimbra

Makro Portugal deverá atingir faturação de 400 Milhões em 2020

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 22-06-2019
 

O presidente executivo do Metro AG, grupo alemão que detém a Makro em Portugal, disse em entrevista à Lusa esperar que a filial portuguesa atinja 400 milhões de faturação em 2020, admitindo que tal poderá ser alcançado ainda este ano.

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Atualmente, “estamos constantemente a aumentar as receitas” anuais no mercado português, afirmou Olaf Koch, na sua primeira visita à operação portuguesa, depois de um período em que a Makro Portugal sofreu uma reestruturação que levou à redução do número de trabalhadores.

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“Estamos a aproximarmo-nos dos 400 milhões de euros” de faturação, o que vai ser “um marco para mostrar que a Makro Portugal está recuperar de forma saudável e muito lucrativa”, acrescentou o gestor.

Questionado sobre quando é que vão atingir a meta dos 400 milhões de euros, Olaf Koch afirmou que “em 2020”, mas admitiu que tal possa ainda acontecer este ano.

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“Vamos tentar chegar aos 400 milhões este ano”, disse, lançando o repto ao responsável da Makro Portugal, David Antunes, também presente na entrevista.

No ano fiscal 2017/2018, terminado em setembro passado, a faturação da Makro Portugal foi de 379 milhões de euros, uma subida de cerca de 4% face ao período anterior.

A Makro, filial portuguesa do grupo alemão Metro, é uma das principais empresas na distribuição grossista, comercializando produtos alimentares e não alimentares. Em 2015, além de ter anunciado maior autonomia local a nível comercial e operacional, passou a reportar diretamente à Alemanha, em termos operacionais.

Uma das apostas da Makro Portugal assenta no canal HoReCa, ou seja, hotéis, restaurantes e cafés.

Questionado sobre como é que tem sido o desempenho deste segmento para a Makro Portugal, Olaf Koch adiantou que está a correr “muito bem”.

“Estamos a crescer, mas também no [serviço] ‘delivery’ [de entrega]”, acrescentou o gestor.

Aliás, o serviço de ‘delivery’ “continua a crescer dois dígitos”, prosseguiu, sem adiantar mais detalhes.

“Pessoalmente, acredito que toda a tendência de consumo alimentar está a ser transferida para fora de casa”, disse, dando o exemplo de estatísticas relativas aos Estados Unidos que apontam que no ano passado mais de 50% da comida foi consumida fora do lar.

“É uma tendência que não para. Vemos o mesmo fenómeno por toda a Europa e, claro, isso tem impacto, também em Portugal”, que em conjunto com o turismo, torna-se numa oportunidade para o negócio.

“Portugal tem tido sucesso nos últimos anos” no que respeita ao turismo, pelo que “antevejo um potencial de crescimento nos próximos anos”, salientou Olaf Koch.

“O turismo tem efeitos diretos no nosso negócio”, já que os turistas “são os clientes dos nossos clientes”, sublinhou.

Questionado sobre a sua opinião relativamente ao mercado de retalho em Portugal, o presidente executivo do grupo Metro considerou que é “bastante avançado” com líderes “icónicos” como a Jerónimo Martins, que “é bem conhecida internacionalmente”.

Salientou que houve uma fase em que “não era muito clara a posição da Makro ou Metro” no mercado da distribuição, mas agora a sua posição para o futuro é “bastante clara”. “Não somos retalhistas, somos um parceiro de negócio para pequenos empresários”, referiu Olaf Koch.

Ou seja, um empresário que tiver “um restaurante, um ‘pub’ ou um café, então deve ser nosso cliente”, apontou, salientando que foi esta “redefinição total” que a empresa iniciou em 2012, altura da reestruturação.

“Levámos algum tempo a fazer as mudanças” e agora somos um “negócio local”, próximo dos clientes, disse.

“Reconheço que, por vezes, a transição, é bastante dolorosa e levámos algum tempo”, mas hoje em dia “Portugal é um dos modelos de negócio do nosso negócio absolutamente estratégico”, sublinhou.

Em 2012, a grossista Makro anunciou um plano de reestruturação que levou à diminuição de cerca de 20% da força de trabalho em Portugal, o que representou a redução de mais de 320 postos de trabalho.

Agora, Olaf Koch garante que os “tempos difíceis” ficaram para trás.

“Primeiro, porque se desenvolveu num negócio saudável e lucrativo. Segundo, continua a crescer, temos 9% de quota de mercado e não ainda estamos longe do limite do nosso crescimento. E em terceiro, a equipa de gestão portuguesa tornou-se num grande exemplo de inovação e de empreendedorismo”, apontou.

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