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Saúde

Maioria dos farmacêuticos acompanha doentes e cuidadores nos serviços de saúde

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 30-11-2022

A maioria dos farmacêuticos considera que as farmácias comunitárias devem ter um papel na referenciação de doentes e cuidadores para os serviços de saúde adequados e defendem a criação de programas de apoio a cuidadores.

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Um estudo sobre o papel da farmácia comunitária em Portugal, promovido pela Associação Nacional de Farmácias e a que responderam mais de 400 farmacêuticos, revela que a maioria acompanha cuidadores na sua farmácia. Em média, cada farmacêutico acompanha cerca de 30 cuidadores por mês.

O alzheimer (e outras demências) é a patologia de base mais frequente nas pessoas que os cuidadores acompanham – representando quase 40% -, seguida da doença oncológica (19,6%).

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O estudo, que será hoje apresentado, revela que a maioria dos farmacêuticos defende que a farmácia comunitária desempenha, ou deverá desempenhar, “um papel fundamental” no apoio à gestão da medicação dos doentes, apoiando os cuidadores neste processo.

Três em cada quatro dizem também que a farmácia comunitária pode ajudar na gestão de sintomas e dois em cada três consideram que deve assumir um papel enquanto “ponte na referenciação de doentes (e cuidadores) para os serviços de saúde adequados”.

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Dados da Segurança Social indicam que há cerca de 11 mil cuidadores informais reconhecidos em Portugal e, desses, 2.689 têm subsídio atribuído. Contudo, estimativas europeias assumem que cerca de 10% da população deverá ser cuidadora.

Quase 90% dos farmacêuticos inqueridos neste estudo, que teve o apoio da farmacêutica Teva, considera a realização de ações de formação (para apoio a cuidadores) como algo fundamental que a farmácia deve disponibilizar e defendem a existência de programas de apoio a cuidadores.

Não obstante ser uma realidade transversal a todos os inquiridos, a verdade é que são os farmacêuticos mais jovens (idade inferior a 35 anos), que exercem na região Centro e em farmácias com elevado número de utentes/dia aqueles que tendem a reconhecer maior importância aos programas de apoio a cuidadores. Para 90% dos inquiridos, as farmácias comunitárias devem mesmo ter um papel e envolvimento ativo no apoio e concretização deste tipo de programas no terreno, principalmente pelo seu posicionamento privilegiado de proximidade com os utentes.

Questionados sobre os aspetos em que a farmácia comunitária pode ter um papel importante no acompanhamento aos cuidadores, apontam a capacidade de ensinar como melhor gerir a medicação dos doentes ou os sintomas, ajudar a aumentar a literacia em saúde e dar informação, a doentes e cuidadores, sobre os serviços disponíveis nas instituições de saúde.

Já as principais necessidades identificadas pelos cuidadores foram o apoio psicológico/emocional, a falta de ajuda técnica e/ou equipamentos de apoio (por ex.: camas articuladas), o apoio domiciliário (equipas de profissionais), a necessidade de informação sobre os apoios disponíveis e de conciliar as tarefas de cuidador com a vida laboral.

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