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Maioria das 30 crianças do Jardim Escola João de Deus vítimas de gastroenterite na Quinta das Rolas da Somitel já teve alta

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 05-10-2013


A maioria das 30 crianças entre os 03 e os 10 anos  do Jardim Escola João de Deus, de Coimbra, que foram vítimas de gastroenterite com sintomas de intoxicação alimentar, na sexta-feira, na Quinta das Rolas,  Figueira da Foz, já teve alta, disseram fontes hospitalares.

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As 17 crianças, entre os 03 e os 08 anos, que deram entrada no Hospital Pediátrico de Coimbra (HPC), tiveram todas alta para o domicílio, “três durante a noite e as restantes hoje de manhã”, refere uma nota das relações públicas daquela unidade hospitalar.

Já fonte do gabinete de comunicação do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) indicou que deram entrada na unidade de saúde 13 crianças entre os 03 e os 10 anos “com vómitos e prostração, provavelmente vítimas de intoxicação”, das quais seis ficaram internadas para observação.

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“Hoje de manhã estão aparentemente recuperadas. Vão ficar em observação até depois do almoço e, se não houver alterações, têm alta”, frisou a fonte do HDFF.

O surto de gastroenterite afetou ainda um adulto, uma mulher de 40 anos, educadora de infância, que integrava o grupo de alunos do 1.º Jardim Escola João de Deus que participava numa atividade comemorativa do Dia Mundial do Animal num centro hípico da freguesia de Quiaios.

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Recordamos que a intoxicação alimentar num centro hípico localizado em Quiaios, Figueira da Foz, levou a que fossem transportadas ao hospital 20 crianças, enquanto outras 20 foram avaliadas no local

“Para já foram 20 crianças transportadas para o Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF)e Pediátrico de Coimbra, com sintomas de intoxicação alimentar. No total são 40, as outras estão a ser avaliadas por meios médicos”, disse à agência Lusa João Moreira, comandante dos Bombeiros Voluntários Da Figueira da Foz.

No local – o centro hípico da Quinta das Rolas, onde decorria uma atividade relacionada com o Dia Mundial do Animal, que se comemorou ontem – esteve pessoal médico e de enfermagem da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER/HDFF) da Figueira da Foz e uma ambulância de Suporte Básico de Vida do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), sediada em Mira.

O transporte para as unidades hospitalares foi assegurado por sete ambulâncias dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz e outras cinco das corporações de Mira, Cantanhede, Montemor-o-Velho e Soure.

O centro hípico alegou que as refeições não foram confecionadas no restaurante do complexo mas sim na escola de onde os alunos eram oriundos.

A gerência da Quinta das Rolas,  que pertence ao grupo Somitel, frisou ontem que ao início da tarde, “foram detetados alguns sintomas de mau estar e indisposição nas crianças, que se foram agravando e alastrando a um número maior de crianças com o passar do tempo”.

“Perante os factos, a gerência da Quinta das Rolas vê-se obrigada a comunicar que as refeições servidas aos alunos do Jardim Escola João de Deus não foram confecionadas no restaurante da Quinta das Rolas, tendo sido produzidas e transportadas pela própria escola”, argumenta.

“A Quinta das Rolas está solidária e tudo fez, disponibilizando os recursos possíveis e necessários para que a operação de assistência às crianças afetadas decorresse com o máximo de cuidado e conforto possível”, refere ainda o comunicado.

As autoridades de saúde e de segurança alimentar estão a investigar as causas de um possível foco de intoxicação por via de alimentos, que hoje atingiu 28 pessoas, na Figueira da Foz, 27 das quais crianças.

De acordo com informações adiantadas à agência Lusa pela diretora do 1.º Jardim Escola João de Deus, o delegado de saúde e um elemento da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) estiveram hoje à ontem à noite no estabelecimento de ensino a recolher amostras de água, bem como dos alimentos ali confecionados que foram servidos às crianças, ao almoço, durante uma atividade num centro hípico situado na freguesia de Quiaios.

Segundo a mesma fonte, durante a tarde de sexta-feira o delegado de saúde já tinha recolhido amostras de água na Quinta das Rolas, a unidade hoteleira onde se situa o centro hípico.

“Queremos saber o que se passou, foi a primeira vez em 15 anos que algo do género aconteceu”, disse Sofia Costa.

A diretora explicou que os responsáveis do Jardim Escola levaram quatro garrafões de água para a atividade, recolhida numa torneira da escola: “Os nossos meninos bebem sempre dessa água e nunca houve problemas”, frisou.

À hora do almoço “depois de os meninos terem andado a correr, jogar futebol e nos cavalos, acabou a água” e um garrafão foi reabastecido numa torneira da unidade hoteleira, indicou Sofia Costa.

Já o almoço, arroz branco e frango assado, foi confecionado de manhã no Jardim Escola e levado para a Quinta das Rolas.

A diretora disse desconhecer o que terá estado na origem dos sintomas observados às crianças – vómitos e diarreias -, admitindo que se poderá ter tratado de uma intoxicação alimentar mas também de um vírus, esta última uma hipótese também colocada, hoje à tarde, pela gerência da unidade hoteleira.

A Autoridade de Saúde do Centro informou entretanto que os alimentos ingeridos ao almoço pelas 28 pessoas, 27 das quais crianças, que apresentaram sintomas de intoxicação alimentar são suspeitos de terem provocado um surto de gastroenterites.

“A investigação efetuada até ao momento permite suspeitar dos alimentos ingeridos ao almoço como veículo da doença e os sintomas e tempos de incubação apontam para toxinfeção alimentar coletiva por toxina estafilocócica”, refere, em comunicado enviado à agência Lusa, o delegado regional de Saúde do Centro, referindo-se à situação que hoje afetou crianças do 1.º jardim Escola João de Deus, na Figueira da Foz.

De acordo com a nota, encontra-se em curso a investigação epidemiológica, promovida pela autoridade regional de saúde “com o objetivo de identificar o agente, fonte e veículo da doença e interromper a cadeia de transmissão”.

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