Educação

Maiores dificuldades com provas digitais resolvidas nos primeiros dias

Notícias de Coimbra com Lusa | 12 meses atrás em 19-05-2023

As principais dificuldades sentidas pelas escolas na realização das provas de aferição em formato digital foram sanadas nos primeiros dias, mas os diretores gostavam de ter tido mais tempo para se prepararem.

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No primeiro dia em que as escolas puderam testar a prova de aferição digital de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), na terça-feira, várias escolas reportaram dificuldades técnicas associadas, por exemplo, à exportação de credenciais dos alunos.

“Terça-feira foi um dia mau, mas os constrangimentos foram sendo atenuados ao longo da semana”, disse hoje à Lusa o presidente Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (Andaep).

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No agrupamento de Filinto Lima, em Vila Nova de Gaia, os primeiros dois dias foram os mais difíceis, sobretudo na terça-feira, com vários problemas no funcionamento da aplicação através da qual as provas são realizadas, que por vezes deixava de funcionar ou implicava atualizações.

Nenhum problema ficou por resolver e, ao longo da semana, as dificuldades foram sendo sanadas, registando-se apenas “um ou outro caso”. A experiência, acrescenta o representante dos diretores, tem sido semelhante em várias escolas.

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Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE) confirma que os primeiros dias foram complicados, sublinhando que o principal entrave é o parque informático antigo das escolas, uma questão que conseguiu ultrapassar na sua escola, em Cinfães, dividindo as turmas por vários dias, para que os alunos pudessem utilizar os computadores mais recentes da sala da informática.

“Mesmo assim, houve um ou dois dias, no início, em que houve problemas, mas correu bem. Se os alunos usam os computadores deles, é mais complicado ainda”, explicou.

Por outro lado, Manuel Pereira criticou a forma como as escolas foram recebendo a informação referente às provas digitais “a conta-gotas”, obrigando as direções a “correr de um lado para o outro, em tempo real, para tentar meter as coisas em ordem”.

Também Filinto Lima deixa críticas nesse sentido e defende que as escolas deveriam ter passado por um período de testes antes do início das provas, na terça-feira.

“As coisas estão a melhorar e para o ano, se calhar, a máquina estará afinada, mas se houvesse um trabalho mais atempado os constrangimentos que notámos no primeiro dia poderiam ter sido evitados”, afirmou.

Além do novo formato das provas de aferição, este ano as escolas deparam-se também com outro constrangimento: uma greve convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop) e para a qual não foram fixados serviços mínimos.

“É sempre um constrangimento”, refere Manuel Pereira, ressalvado que as escolas nomearam suplentes para os professores que estão a vigiar as provas, a quem recorrem “enquanto existirem”.

No entanto, acrescenta Filinto Lima, em muitas escolas também os professores suplentes têm aderido à greve, obrigando à recalendarização das provas.

“Mas o maior problema não é quem está em greve, é a razão da greve. Isso é que me preocupa, porque há meses que as escolas estão a viver um tempo de desequilíbrio, muita desmotivação, e era preciso acabar com isso e encontrar mecanismos para aproximar aquilo que os professores pedem [a recuperação do tempo de serviço] e aquilo que o Governo quer dar”, defendeu, por seu turno, Manuel Pereira.

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