Saúde

Maior mobilidade pode indiciar um “relaxamento” no cumprimento das medidas restritivas

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 22-02-2021

 A ministra da Saúde disse hoje que a maior mobilidade registada na última semana pode indiciar um “relaxamento” no cumprimento das medidas restritivas devido à pandemia e apelou a que se mantenha o respeito pelo confinamento.

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“Na última semana, o índice de mobilidade aumentou ligeiramente e este é um aspeto que deve suscitar atenção, na medida em que sabemos que os valores a que chegámos são valores que resultam de um esforço e, se esse esforço se inverter, voltaremos a atingir números de incidência e números de risco de transmissão que não são compatíveis com o que precisamos de garantir”, afirmou Marta Temido.

Em declarações aos jornalistas após a reunião que juntou epidemiologistas, especialistas em saúde pública e políticos na sede do Infarmed, em Lisboa, Marta Temido afirmou que “nada disto está adquirido e tudo depende de cada um de nós e das medidas combinadas”, decorrendo daí a preocupação com “algum relaxamento sem nenhuma alternação legislativa”.

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Questionada sobre os cenários e modelos de saída do atual período de confinamento, a ministra da Saúde considerou a perspetiva apresentada pelos especialistas “bastante uniforme” e destacou o estabelecimento de diversos tipos de critério para a definição dos próximos passos, designadamente “critérios de incidência, critérios associados ao número de internamentos e também critérios quantitativos e qualitativos” relativamente à covid-19.

“Neste momento estamos a refletir sobre os momentos em que deveremos começar a equacionar medidas de desconfinamento e por onde devemos começar a aplicá-las. Portanto, todas as hipóteses nesse contexto são hipóteses de cenários que são possíveis. O governo referiu várias vezes que o último encerramento que desejaria era o encerramento das atividades escolares e é coerente que se pense num processo de reversão e que seja pelas atividades escolares que se iniciará o processo”, frisou.

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Sublinhando que é necessária fazer “uma avaliação ponderada” das circunstâncias, Marta Temido fez questão de notar que os níveis de internamento, particularmente em cuidados intensivos, são ainda demasiado elevados e que tal situação “devia preocupar todos”, até porque o país não dispõe de recursos humanos médicos e de enfermagem a este nível sem manter suspensa a assistência não covid e que isso não é viável num período mais longo.

Em Portugal, morreram 16.023 pessoas dos 798.074 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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