Saúde

Mãe acusa hospital de Coimbra de cancelar cirurgia a criança

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 30-04-2014

 A mãe de uma criança de quatro anos, de Castelo Branco, acusou hoje o Hospital Pediátrico de Coimbra (HPC) de ter cancelado uma cirurgia programada por falta de material clínico, depois de aquela ter sido submetida a uma anestesia geral.

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À agência Lusa, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) refere, em comunicado, que a criança “foi operada a catarata pediátrica há cerca de três anos, tendo permanecido sem lente intra-ocular desde então” e que foi “programada cirurgia de implante secundário de lente que só pode ser definida (a potência e o tipo de lente) após observação sob anestesia, situação que foi explicada”.

A mãe da criança disse que na terça-feira, às 07:45, estava com a filha na unidade hospitalar, tal como tinha sido indicado, para iniciar a preparação para o bloco operatório.

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“Deixei-a anestesiada com a equipa médica às 13:45. Eram 14:15 e já estava à porta do bloco [operatório] à espera de notícias da minha filha”, refere.

De acordo com a mãe, o médico responsável pela cirurgia disse então que não tinham feito nada à criança.

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Explicou-lhe que os cálculos para as dioptrias a introduzir no olho da criança só são possíveis de obter de uma forma “fidedigna” sob anestesia.

Ainda segundo a mãe da criança, o clínico explicou que os cálculos apontaram “para uma lente de 12 milímetros” e “a lente mais próxima disponível no bloco era de 18 milímetros”.

“Se tivesse introduzido essa lente, na prática, a criança ficaria com uma graduação de seis dioptrias, quando ela tem atualmente sete. Não tinha lógica só haver melhoria de uma dioptria, pelo que suspendi a intervenção”, terá dito o clínico.

A mãe mostra-se revoltada por aquilo que considera ser uma “falta de provisão de material, de lentes de vários tamanhos, em pleno bloco operatório” e por isso “suspendeu-se uma intervenção”.

O comunicado do CHUC refere que nestes casos “pode haver duas possibilidades: ou é programada uma observação sob anestesia geral para cálculo e escolha da lente ou se faz no mesmo dia da cirurgia programada, sempre com a condicionante de a lente ter de ser pedida ao exterior”.

O documento refere ainda “que não se trata unicamente da potência mas do tipo de lente a implantar”.

“Pois algumas vezes pensamos implantar um determinado tipo e depois da observação é implantado outro, com características diferentes. Não podem existir todas estas lentes, com todas as potências, em ‘stock'”, refere a nota hospitalar.

 

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