Portugal

Maçonaria: Candidato ao GOL evoca “o exemplo” de Nunes de Almeida

Rui Avelar | 3 anos atrás em 16-07-2021

O candidato a grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (Maçonaria) Luís Parreirão evocou, esta sexta-feira, “o exemplo de cidadania e fraternidade” dado por Luís Nunes de Almeida, nascido há 75 anos e falecido em 2004.

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Durante uma romagem à campa do extinto, na Costa da Caparica, o candidato afirmou que o prematuro desaparecimento de Nunes de Almeida, aos 58 anos de idade, “terá alterado o curso da História”.

“Teria certamente sucedido a António Arnaut como grão-mestre da nossa Augusta Ordem, gerando, com as capacidades invulgares que todos os maçons lhe reconheciam, o consenso e a mobilização indispensáveis à nossa afirmação”, disse o jurista e gestor, antigo secretário de Estado nos governos de António Guterres e ex-presidente da Associação Académica de Coimbra.

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Venerável mestre da Respeitável Loja de Luís Nunes de Almeida, o ex-governante defendeu que “o respeito pela memória” do extinto “impõe aos maçons que prossigam a nunca acabada obra de desbastar a pedra bruta na busca da perfeição (…), construindo uma sociedade de homens livres e de bons costumes”.

Para o candidato, Nunes de Almeida trata-se de um irmão que foi, “essencialmente, durante toda a sua vida maçónica, um estudioso e um farol, autor de enorme contributo para o engrandecimento e afirmação, nacional e internacional,” do Grande Oriente Lusitano (GOL).

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“A nossa presença, hoje, nesta romagem, bem como o facto de a nossa Loja ter adotado o seu nome consistem na mais singela e simples homenagem que lhe podemos prestar”, indicou Parreirão em alusão a Luís Nunes de Almeida.

Licenciado em Direito, aos 22 anos de idade, Nunes de Almeida foi, segundo Luís Parreirão, “um brilhante jurista, político sagaz e magistrado das mais altas instâncias judiciais de Portugal”, tendo sido membro da Comissão Constitucional de 1976 a 1980.

Deputado à Assembleia da República, como independente eleito pelo PS, na legislatura de 1980 a 1983, Luís Nunes foi eleito, pelo Parlamento, para exercer a função de juiz do Tribunal Constitucional e veio a ser cooptado, pelos demais juízes, para desempenhar outro mandato.

A 02 de agosto de 1989, ele foi eleito vice-presidente do TC, função que exerceu até 23 de Abril de 2003, quando ascendeu à presidência, tendo ocupado o cargo até 06 de Setembro de 2004 (data da sua morte).

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