Machado quer atrair proprietários para as zonas de intervenção florestal

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 16-02-2018

A Zona de Intervenção Florestal (ZIF) Coimbra Este, cuja constituição foi hoje aprovada, quer atrair os proprietários “para o lado da solução” do problema que é a defesa e gestão da floresta, disse o presidente da câmara.

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O envolvimento dos proprietários no projeto é essencial, sustenta o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, afirmando que a ZIF adota “um caminho construtivo” e aposta em “trazer as pessoas para o lado da solução”, pois o envolvimento voluntário dos proprietários florestais e de outros prédios rústicos é essencial para o sucesso do projeto.

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A ZIF Coimbra Este abrange cerca de 6.300 hectares de território do concelho e já conta com a adesão de 277 proprietários, referiu Manuel Machado, que falava aos jornalistas depois de ter participado, hoje, na reunião da Comissão Municipal de Coimbra de Defesa da Floresta Contra Incêndios, durante a qual foi aprovada, com uma abstenção (do representante do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) a constituição desta zona de intervenção.

A área, que engloba prédios rústicos das freguesias de Ceira, Santo António dos Olivais e Torres do Mondego e das uniões das freguesias de Eiras e São Paulo de Frades e de Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu, é a primeira das três ZIF do concelho.

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As duas outras ZIF do concelho – Coimbra Norte e Coimbra Sul – deverão ser constituídas em breve, acrescentou o autarca, explicando que o município está empenhado em mobilizar para este projeto, para além da Câmara e das juntas de Freguesia, as associações de compartes (responsáveis pelos terrenos baldios) e os proprietários, de quem espera a adesão voluntária, embora sem excluir, se necessário, o recurso a mecanismos legais impositivos.

Mas há proprietários que não sabem quais sãos as suas parcelas ou que não dispõem de meios para manterem os seus respetivos terrenos limpos ou que nem sequer sabem que possuem determinadas terrenos, salientou Manuel Machado, considerando esta circunstância, decorrente da inexistência de cadastro, uma das maiores dificuldades para a execução do projeto.

Para além das tarefas de limpeza das florestas e propriedades rústicas, essencialmente para prevenir a repetição de “tragédias como os incêndios florestais” de 2017, a ZIF Coimbra Este, enquanto gestora desta área de território, também terá como prioridade a defesa de pragas e doenças e de espécies invasoras lenhosas, cujo desenvolvimento ficou particularmente favorecido pelos fogos florestais, referiu Manuel Machado, destacando a importância de promover a plantação de espécies autóctones.

Ainda no âmbito da defesa da floresta, estão previstas pela nova ZIF medidas como a reabilitação e/ou manutenção das redes viária e de caminhos que servem, a criação e/ou manutenção de pontos de água e a criação de mecanismos de vigilância, exemplificou o presidente da Câmara de Coimbra.

Trata-se, enfim, de “trazer para o território capacidade de resistência” e de “criar condições para atrair atividade económica”, de modo a que “as gerações vindouras possam usufruir” dele, além de torná-lo economicamente tão rentável quanto possível, até também para “atrair e motivar os proprietários” a envolverem-se neste projeto, cujos lucros serão repartidos, sintetizou Manuel Machado.

“Trazer as pessoas para o lado da solução”, adotando um “caminho construtivo” é a estratégia na qual, com este plano e respetivas ZIF, a Câmara de Coimbra acredita e na qual aposta para defender e gerir o património florestal do concelho, concluiu.

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