Política

Luís Montenegro recusa interferência em contratos do Estado com empresas ligadas à Spinumviva

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 horas atrás em 01-05-2025

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, recusou hoje qualquer interferência na celebração de contratos entre o Estado e empresas que trabalharam com a Spinumviva, assinalando que contratos dessa natureza “nunca dependeram” de si.

“Absolutamente, não admito a ninguém sequer essa insinuação”, respondeu o chefe de Governo quando questionado se teve alguma interferência na realização de contratos entre o Estado e empresas com as quais a Spinumviva (empresa fundada por Luís Montenegro e que passou recentemente para os seus filhos) trabalhou.

Luís Montenegro falava aos jornalistas à chegada à residência oficial, em Lisboa, onde decorre hoje o evento “São Bento em família”, com momentos culturais abertos à população.

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Na quarta-feira, o Expresso noticiou que o primeiro-ministro entregou uma nova declaração à Entidade para a Transparência, referindo mais empresas com as quais a Spinumviva trabalhou e fê-lo na véspera do frente a frente com o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.

Hoje, o Correio da Manhã e a CNN Portugal referem que duas destas empresas, que já tinham relações com o Estado, conseguiram contratos de milhões de euros já durante o Governo liderado por Luís Montenegro.

“Não faço a menor ideia, esses serviços quando foram prestados [pela Spinumviva] foram serviços muito limitados, foram dois ou três milhares de euros. Os contratos que essas empresas têm com o Estado não dependem de mim, nunca dependeram de mim”, salientou.

O primeiro-ministro indicou que foi a Entidade para a Transparência “que solicitou” essa nova informação e disse que cumpriu essa solicitação, apesar de achar que “não tinha de entregar aqueles elementos”.

Sobre o ‘timing’, disse não estranhar, e afirmou que o prazo “era aquele dia mesmo”, na véspera do debate entre os líderes da AD e do PS, e não foi fixado por si.

“Eu não estranho nada, eu cumpro as minhas obrigações, eu até não concordo que a lei obrigue à disponibilização daqueles elementos nas condições em que foram pedidos, mas não vou entrar agora nessa discussão. Independentemente de discordar, eu cumpri, e há uma coisa que quero aqui afirmar solenemente, a informação que foi publicitada, não tem a mínima intervenção da minha parte, por mim não era pública sequer”, indicou Luís Montenegro.

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