Política

Luís Montenegro promete plano de emergência na saúde em 60 dias e negociações imediatas com polícias

Notícias de Coimbra | 3 meses atrás em 21-01-2024

O presidente do PSD assumiu hoje o compromisso de, nos primeiros dois meses de um Governo que lidere, apresentar um plano de emergência para executar até final de 2025 na área da saúde e iniciar, de imediato, negociações com representantes dos polícias.

Na intervenção de encerramento da convenção da Aliança Democrática, coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM nas legislativas antecipadas de 10 de março, Luís Montenegro comprometeu-se também a nos primeiros 60 dias de um executivo da AD “encerrar o tema da recuperação integral do tempo dos professores” nos termos já anunciados (uma devolução faseada de 25% ao longo de quatro anos).

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Na área da saúde, Montenegro detalhou que o plano de emergência para 2024 e 2025 terá três eixos, começando pela diminuição dos prazos na marcação de consultas de saúde familiar, pela inclusão da teleconsulta como uma alternativa ao atendimento presencial, e assegurando enfermeiro e médico de família recorrendo também aos setores privado e social.

No âmbito das urgências, o líder do PSD comprometeu-se a “redefinir a rede e o sistema de incentivos a todos os profissionais”, e a promover uma maior conjugação com os cuidados de saúde primários.

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“Queremos assegurar um atendimento no próprio dia, quando se trate de doença aguda”, disse, prometendo uma especial atenção na área da obstetrícia e da pediatria.

Montenegro comprometeu-se ainda com a atribuição de um ‘voucher’ para consultas de especialidade e cirurgias sempre que o tempo máximo de resposta garantido seja ultrapassado “em uma hora” no SNS, para que o utente possa escolher outro prestador.

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“A saúde precisa de alterações estruturais que demoram mais tempo a implementar e a produzir efeitos, mas este plano de emergência tem uma meta: até final de 2025, acabar com listas de espera que excedem o tempo máximo garantido e dar uma resposta de medicina familiar a todos os utentes de Portugal”, disse.

Na educação, além da recuperação do tempo dos professores, o líder do PSD comprometeu-se a reintroduzir a avaliação em cada ciclo de aprendizagem, reduzir a burocracia nas escolas e torná-las mais aptas a receber estudantes estrangeiros.

“Em muitas escolas, a taxa de estrangeiros já ronda os 20%, mas as escolas não estão preparadas. Estes são os novos portugueses que temos de tratar com a mesma dignidade e os mesmos direitos”, acentuou.

O líder do PSD reiterou ainda o compromisso de implementar o acesso universal e gratuito a creches e ao pré-escolar, “um projeto dos 0 aos 6 anos”.

“Nós não vamos mesmo prometer tudo a todos, mas vamos salvaguardar aquilo que é essencial”, assegurou Luís Montenegro, que não quis deixar de dar uma palavra às forças de segurança que têm realizado protestos por todo o país.

O presidente do PSD disse não querer comprometer-se desde já com um valor para o estatuto remuneratório, mas deixou a promessa de que um Governo que lidere iniciará, mal entre em funções, negociações com os representantes sindicais.

“Sou daqueles que não tem dúvidas: precisamos de forças de segurança com autoridade e que sejam respeitadas”, afirmou.

No final de uma longa intervenção, de perto de 50 minutos, Montenegro avisou que, de si e da AD, os portugueses “não esperem aventuras nem radicalismos, nem ilusões de decisões” que depois não irá tomar.

“Confio muito na sabedoria e na ponderação dos portugueses. Sei que, apesar de todas as tentativas, os portugueses não se vão deixar enganar por jogadas de eleitoralismo infantil e pelo disfarce da incompetência recente”, afirmou, numa referência implícita ao Chega e ao PS.

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