Política

Luís Montenegro diz que “não é tempo de abrir crise política” e que Fernando Medina “é peso morto” 

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 02-01-2023

O presidente do PSD defendeu hoje que “não é tempo de abrir uma crise política”, mas acusou o primeiro-ministro de ser o responsável pela instabilidade governativa e de já não ter sequer capacidade de fazer uma remodelação.

PUBLICIDADE

publicidade

Luís Montenegro, que falava aos jornalistas no final da reunião da Comissão Permanente do PSD, na sede nacional do partido, classificou ainda o ministro das Finanças, Fernando Medina, como “um peso morto” no Governo.

PUBLICIDADE

“Se eu fosse primeiro-ministro e tivesse um ministro das Finanças que tivesse este comportamento, sairia do Governo, o que o primeiro-ministro vai fazer é manter um peso morto no Governo, está desprovido de autoridade”, criticou.

Questionado como votará o PSD a moção de censura ao Governo apresentada pela Iniciativa Liberal, Luís Montenegro remeteu para terça-feira o anúncio da posição do partido, revelando que vai reunir a Comissão Política, ao início da tarde, e que participará na reunião do grupo parlamentar, ao final do dia.

Apesar de fazer um diagnóstico muito crítico do Governo liderado por António Costa – que disse normalizar “um padrão de meias verdades e meias mentiras” -, o presidente do PSD disse concordar com o Presidente da República, que já excluiu a possibilidade de eleições antecipadas.

“Estamos totalmente de acordo, este não é tempo para abrirmos uma crise política em cima de uma crise social que atinge fortemente empresas e famílias”, disse.

Luís Montenegro assegurou que o PSD “não tem pressa de ir para o Governo”, mas avisou que “o país tem pressa de ter um bom Governo”.

“Os portugueses não querem e não gostam de interrupções de legislatura, mas se essa hora chegar estaremos preparados e não faltaremos a Portugal”, assegurou.

O primeiro-ministro, António Costa, propôs hoje os atuais secretários de Estados João Galamba e Marina Gonçalves, respetivamente para as funções de ministro das Infraestruturas e de ministra da Habitação.

Pedro Nuno Santos demitiu-se das funções de ministro das Infraestruturas e da Habitação na passada quarta-feira à noite para “assumir a responsabilidade política” do caso da indemnização de 500 mil euros paga pela TAP à ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis.

A demissão de Pedro Nuno Santos foi a terceira ocorrida no Governo na última semana de dezembro e a 11.ª a atingir um membro do executivo socialista de maioria absoluta.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE