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 Luís Gomes voltou a chorar de felicidade na Volta a Portugal

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 12-08-2022

À terceira foi de vez para Luís Gomes, que voltou hoje a chorar de felicidade na Volta a Portugal em bicicleta ao vencer a sétima etapa, numa jornada em que a Glassdrive-Q8-Anicolor autorizou finalmente o sucesso de uma fuga.

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Após ter tentado na etapa da Torre e na quinta-feira, na tirada que chegou à Maia, o ciclista da Kelly-Simoldes-UDO fugiu hoje novamente ao pelotão, na companhia de outros 14 corredores, e, depois de tentar isolar-se na subida ao Sameiro, acabou por impor-se ao ‘sprint’ na chegada à Braga, diante do jovem Gonçalo Leaça (LA Alumínios-Credibom-MarcosCar) e do espanhol Txomin Juaristi (Euskaltel-Euskadi).

Mal cruzou a meta, Gomes chorou sem parar – as suas lágrimas em cada um dos seus três triunfos na prova são já a sua imagem de marca -, uma emoção que explicou depois de fazer a festa no pódio, juntamente com o camisola amarela Frederico Figueiredo e os outros donos das camisolas.

“É muito importante [ganhar], este ano em especial que tive uma queda que limitou a preparação para a Volta a Portugal. Regressava a correr e tinha de voltar a parar e isso tudo nos faz pensar. Todo o esforço que eu tive […] para estar aqui na Volta a Portugal, mexe connosco e as emoções vêm ao de cima”, justificou.

Nem foi preciso esperar muito para a fuga do dia se formar, com 15 corredores, entre os quais os pretendentes à vitória final na classificação por pontos, o detentor da camisola verde Scott McGill (Wildlife Generation) e o ‘perseguidor’ João Matias (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), a saírem do pelotão ao quilómetro oito dos 150,1 a percorrer entre Santo Tirso e Braga e, com a complacência da Glassdrive-Q8-Anicolor, a atingirem uma vantagem que superou os cinco minutos.

Na fuga estavam também Joaquim Silva (Efapel), José Sousa (Kelly-Simoldes-UDO), César Martingil (Rádio Popular-Paredes-Boavista), Rafael Lourenço (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel), Rui Rodrigues (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho) e os ‘estrangeiros’ Mateu Estelrich (Electro Hiper Europa-Caldas), Calum Johnston (Caja Rural), Juan López Cózar (Burgos-BH), Joey Rosskopf (Human Powered Health) e Asier Etxeberria (Euskaltel-Euskadi), além de Leaça e Juaristi.

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A luta pela camisola verde esteve ao rubro, com o norte-americano a levar sempre a melhor sobre o português nas três metas volantes do dia – McGill ganhou seis pontos a Matias, ao passar em primeiro em todas, mas viu o ciclista da Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados reduzir a diferença na classificação ao ser oitavo na chegada -, ajudando ao sucesso de uma fuga que a 20 quilómetros da meta ainda tinha três minutos de diferença para o pelotão.

Nos 5,5 quilómetros da ascensão ao emblemático Sameiro, onde estava instalada uma contagem de montanha de segunda categoria, o inevitável aconteceu: o sempre corajoso Luís Gomes atacou e só Joaquim Silva respondeu, mas o mau entendimento dos dois na frente da corrida permitiu que Rosskopf, Leaça, Johnston e Juaristi os alcançassem na descida.

“Na subida, tentei fazer a diferença, o Luís não descolou. Eu vinha a pedir-lhe para colaborar, não sabia que tinha menos andamentos do que eu. Sei que era difícil para ele passar com menos andamentos a descer, porque era o que lhe vinha a dizer: trazíamos para o risco e o mais forte vencia o ‘sprint’”, revelou o ciclista da Efapel, depois de os dois esclarecerem a situação na zona de entrevistas rápidas.

Ainda assim, foi mesmo o corredor da Kelly-Simoldes-UDO, claramente o mais rápido entre os seis que chegaram à meta com o tempo de 03:32.03 horas, a impor-se, somando a terceira vitória em etapas da Volta a Portugal – as duas anteriores tinham sido a subir, no Larouco (2019) e no alto de Santa Luzia (2020).

O grupo de favoritos chegou 01.47 minutos depois, sem André Cardoso (ABTF-Feirense), que não teve pernas para seguir o ritmo no Sameiro e perdeu 50 segundos, mantendo-se, contudo, no quinto lugar da geral, embora mais perto de Alejandro Marque (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel) – estão separados por apenas quatro segundos.

No sábado, Frederico Figueiredo vai sair para a estrada novamente de amarelo, para uma oitava etapa que arranca em Viana do Castelo e termina no empedrado de Fafe, esperando-se uma chegada vibrante e que pode provocar cortes.

O trepador de 31 anos mantém os sete segundos de vantagem para o seu companheiro uruguaio Mauricio Moreira e os 38 para o terceiro classificado, Luís Fernandes (Rádio Popular-Paredes-Boavista).

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