Desporto

Louzantrail: Miguel Arsénio e Inês Marques impõem-se entre os atletas espanhóis

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 06-03-2022

Este fim-de-semana todos os caminhos foram dar à Serra da Lousã, em mais uma edição do mítico Louzantrail, que já habituou o público a um despique entre portugueses e espanhóis.

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A prova que marcou o início das Golden Trail National Series e que integra os Circuitos Nacionais de Trail da Associação de Trail Running de Portugal, animou hoje os atletas, por 29 km de trilhos duros, técnicos, mas de beleza ímpar, mas também os espetadores e fãs da modalidade. Com 2000 metros de desnível positivo, o Louzantrail viu os portugueses a imporem-se à concorrência espanhola, com Miguel Arsénio, do EDV – Viana Trail, em 2h45m45s, a sagrar-se campeão de uma competição que já conquistou a elite mundial. 

No final, o atleta que tinha como objetivo ganhar e bater o recorde do percurso, mostrou-se satisfeito por alcançar o primeiro. “Fiquei muito contente por conseguir vencer frente a grandes atletas de renome”, disse e adiantou que a estratégia passou por “manter um ritmo confortável quando já estava distante do Gontzal e do André, que gastaram energias para reduzir a distância e, a partir dos 17 km foi acelerar novamente até ao final”. Em jeito de balanço, Miguel Arsénio concluiu: “Senti-me bem, já conhecia a Lousã e foi aproveitar o facto de esta ser uma serra privilegiada para a prática da modalidade a nível nacional.”

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Do lado feminino, Inês Marques, da Salomon Caravela, superou a espanhola Georgina Morente, da Merrel Trail Team, numa vitória ao segundo, que a portuguesa carimbou em 3h26m07s. Inês Marques destacou, no final, “a beleza da Lousã, com passagem pelas Aldeias de Xisto, sempre por trilhos”, num percurso que este ano beneficiou “do dia espetacular para desfrutar da liberdade”. A atleta, que fez uma prova de trás para a frente, contou que “não conseguia acompanhar o ritmo da espanhola no início”, pelo que optou por manter um ritmo mais confortável, porque “sabia que os primeiros 20 km eram praticamente sempre a subir”.  “Depois avistei a Georgina e foi sempre a abrir atá ao final”, rematou.

 4h29m22s e 5h28m40s são, respetivamente, os novos recordes masculino e feminino do Ultra Louzantrail, protagonizados no dia de ontem por David Quelhas, que superou a marca de Ricardo Silva, em 2019, e pela espanhola da Craft Team, Aroa Sìo, que se superou a si própria na marca que estabeleceu em 2020 e terminou na 15.ª posição da geral.

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Foram 43 km gelados, com 3000 metros de desnível positivo, a contar para os Circuitos Nacionais de Trail Ultra, série 150, da Associação de Trail Running de Portugal, que no caso do novo campeão e recordista do percurso, mereceram uma segunda oportunidade: “Vim à primeira edição, mas não correu muito bem e resolvi vir este ano. Deixei fluir a prova, assim que entramos no trilho fiquei sozinho e estiquei um bocadinho na subida e depois tentei gerir e acalmar-me e quando cheguei ao Castelo foi acelerar até ao fim.” Apesar da estratégia, David Quelhas garante que, cada vez mais tenta “levar a corrida menos a sério e ir ao desafio”. Já sobre a Lousã e a organização do Louzantrail, o atleta referiu: “Conheço mais ou menos a Serra da Lousã, o traçado está muito bem feito, há muita zona técnica, é um serrote autêntico [risos]!”  

Já a mulher mais rápida, Aroa Sìo, repetente na prova, na vitória e no recorde feminino do percurso, confessou: “Adoro esta prova, mas sobretudo os voluntários, sem eles a animar, não seria possível. Adoro correr aqui na Lousã e amanhã vou correr outra vez. Estou muito contente e emocionada. Todas as provas que corri este ano foram em Portugal, por isso já me podem dar nacionalidade [risos]. As Aldeias de Xisto são lindas e têm muitas escadas, só via escadas, escadas, escadas [risos].” 

Os resultados completos podem ser consultados aqui: LOUZANTRAIL 2022 (stopandgo.pro).

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