Coimbra

Livre/Tempo de Avançar Por Coimbra (com vídeo)

Notícias de Coimbra | 9 anos atrás em 01-07-2015

A candidatura Livre / Tempo Avançar  apresentou hoje, no Café Santa Cruz, a sua lista de candidatos a deputados por Coimbra à Assembleia da República, que foi ordenada de acordo com o resultado da votação da eleição interna  e tem como nº 1 José Reis.

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José Reis, Isabel Prata, Abílio Hernandez, Sara Araújo, Rui Bebiano, Teresa Brás, Leonor Barata, Pedro Bingre do Amaral e
Elísio Estanque são os 9 candidatos efectivos.

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Questionados sobre se esperam eleger um deputado no círculo eleitoral de Coimbra, tanto José Reis como Abílio Hernandez, foram prudentes nas respostas.

José Reis afirmou que no distrito de Coimbra esperam o melhor resultado. Já Abílio Hernandez preferiu salientar que as expectativas são boas.

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 Veja  mais declarações AQUI

 Livre / Tempo de Avançar tem a expectativa de constituir um grupo parlamentar, não descartando a hipótese de viabilizar uma solução de maioria parlamentar que combata a austeridade.

Manifesto Eleitoral da Candidatura Cidadã LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR por Coimbra

1. Os candidatos que se apresentam às próximas eleições legislativas pela Candidatura Cidadã LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR por Coimbra foram escolhidos e ordenados em eleições primárias, abertas a todos os cidadãos. Este é, portanto, o resultado de um processo de grande abertura democrática, original no nosso sistema político. É com esse capital de transparência, de cidadania e de dedicação à vida pública que nos apresentamos aos eleitores. Numa lista paritária, somos homens e mulheres com profissões e vidas de trabalho, livres e independentes de interesses particularistas, e movemo-nos pelo bem comum.

2. Esta candidatura, que constitui a grande novidade no nosso cenário político e eleitoral, existe para falar em nome do país e das pessoas e para defender um programa político que se coloca ao lado dos que viram os seus direitos atacados, sofrem os efeitos das desigualdades e da injustiça e veem goradas as suas legítimas expectativas de uma vida assente na dignidade e no respeito. Para além de uma novidade, ela é a possibilidade real de alcançarmos a mudança de que precisamos.

3. Sabemos que o momento dramático que atravessamos tem relação direta com as violentas políticas de austeridade levadas a cabo contra o povo e ao serviço dos poderosos. Por isso, o nosso primeiro objetivo é derrotar o que o atual governo significa, finalidade para a qual importa saber unir esforços. Portugal tem, na verdade, vindo a ser governado pela banca. Sofre com as graves disfunções da União Económica e Monetária e com o desabar do projeto europeu. Os cidadãos, desapossados, veem-se sujeitos à violência dos que dominam a finança e o seu poder sem rosto. O governo foi o autor submisso de uma austeridade iníqua que degradou a economia, atacou os pensionistas, desvalorizou o trabalho e os direitos que lhe devem estar associados e retirou-nos a esperança de que tanto precisamos.

4. Por tudo isto, Portugal e os portugueses vivem tempos de urgência. É preciso valorizar a política como fonte de alternativas. Não é mais possível limitarmo-nos à denúncia, por mais justa e necessária que ela seja. Não é tolerável aceitarmos, fechados nas nossas pequenas razões, que a direita continue a governar contra as pessoas, limitando-nos a opormo-nos. Não é aceitável não querermos que da governação do país não façam parte os princípios que temos como essenciais e que são parte da cultura política da esquerda. Temos de garantir que Portugal seja governado por políticas de recuperação da economia e da sociedade, de promoção da justiça social e da solidariedade, de redistribuição do rendimento e de afirmação de uma voz forte e democrática na Europa. É aqui que a Candidatura Cidadã LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR faz a diferença e se torna num contributo indispensável para mudar a política e a governação em Portugal.

5. Esta candidatura assume os 10 grandes objetivos da Agenda Inadiável já proposta e que queremos difundir no círculo eleitoral de Coimbra: 1. Devolver a política aos cidadãos, garantir direitos fundamentais. 2. Libertar o Estado da captura privada. 3. Renegociar a dívida pública para recuperar. 4. Resgatar as pessoas e as empresas. 5. Acabar com a precariedade, dignificar o trabalho, proteger o emprego, garantir as pensões.6. Cumprir a Constituição no sistema fiscal: “uma repartição justa dos rendimentos e da riqueza”.7. Redistribuir para combater as desigualdades sociais. 8. Melhorar os serviços públicos criando emprego. 9. Apoiar o investimento e a criação de emprego nas micro, pequenas e médias empresas. 10. Apostar nos territórios e na economia local.

6. Falaremos no país em nome do país e das pessoas e falaremos no país também em nome de Coimbra. Somos 430 mil habitantes num território importante. São estas as linhas de força do nosso pensamento político sobre Coimbra:

Conhecemos o valor das capacidades urbanas do nosso círculo eleitoral. Falaremos em nome delas para defendermos uma política de cidades que as qualifique e proporcione o acesso dos cidadãos que vivem no seu raio de influência aos melhores serviços de que se dispõe. Coimbra, Figueira da Foz, Cantanhede e Oliveira do Hospital, na sua escala e no seu significado para os territórios que as rodeiam, merecem uma política de cidades que promova o seu papel na coesão territorial.

O Metro Mondego é, deste ponto de vista, essencial. O mesmo acontece, em geral, com a política de transportes, que deve organizar o território e servir os cidadãos. Não é aceitável que uma das nossas cidades (Oliveira do Hospital) fique para lá de uma estrada (um IC) que acaba no meio de um pinhal ou que as estradas secundárias se degradem.

Valorizamos também os outros centros concelhios porque queremos preservar o seu papel na organização do espaço que corresponde ao nosso círculo eleitoral: Pampilhosa da Serra, Góis, Arganil, Tábua, Penacova, Vila Nova de Poiares, Lousã, Miranda do Corvo, Condeixa, Penela, Soure, Montemoro-Velho ou Mira são parte inteira de uma rede de espaços de vida onde tem de haver emprego e oportunidades. Falaremos igualmente em seu nome e opor-nos-emos a decisões que fragilizem estes concelhos e os excluam da provisão pública a que todos temos direito. Quando os seus serviços públicos estiverem ameaçados, proporemos espaços multisserviços que assegurem a equidade territorial. Defenderemos o emprego que permite que cada concelho mantenha uma vida económica própria, opondo-se à desqualificação das suas atividades. Contra a fragmentação do território e as desigualdades crescentes, asseguraremos uma atenção redobrada ao acesso de todas as populações, onde quer que vivam, aos melhores padrões de vida e de serviço público.

Contra uma economia que destrói emprego e desqualifica o trabalho, damos prioridade absoluta à criação de emprego com direitos e à valorização das qualificações. Estimamos o papel dos sindicatos e da contratação coletiva, assim como defenderemos a ciência e o conhecimento, a centralidade da educação e da formação avançada, a afirmação da importância do ensino superior. A Universidade e o ensino politécnico são em Coimbra realidades de primeira grandeza, a que daremos voz.

Sabemos também dar valor à economia do nosso círculo eleitoral e falaremos em nome dela. Seja a que é constituída pelos ramos muito qualificados da informática e das tecnologias da informação, das biotecnologias, dos serviços hospitalares e de saúde ou da formação avançada, seja a que assenta em indústrias locais como o têxtil e o vestuário, as madeiras e a fileira florestal ou a metalomecânica, seja ainda a economia que valoriza o mar, a produção agrícola, os produtos endógenos de qualidade ou a paisagem, através de serviços turísticos. Conhecemos a valia da Figueira da Foz, do seu porto, das atividades piscatórias e da economia do turismo. Assim como estimamos as experiências ousadas de inovação para finalidades de desenvolvimento regional e de valorização de recursos endógenos que tem na BLC3 – Plataforma para o Desenvolvimento da Região Interior Centro um excelente exemplo, paralelo ao que, noutros domínios, é representado pelo Biocant ou pelo Instituto Pedro Nune

Temos consciência do valor que tem a afirmação de Coimbra em novos domínios que correspondem a grandes desafios societais, onde se destaca o de garantir o envelhecimento ativo e saudável. O nosso ecossistema de inovação é particularmente rico em agentes e recursos de excelência neste domínio que é da maior relevância para sociedades envelhecidas como a portuguesa e a europeia. Falaremos em nome disso.

Estimamos e defendemos todos os que de forma ativa e democrática pugnam pelo desenvolvimento local, sejam eles os municípios e as freguesias, sejam as associações que organizam os recursos e promovem atividades essenciais para manter vivos espaços da nossa comunidade.

Não esquecemos que a voz e a participação de Coimbra na vida nacional não tem sido proporcional ao seu lugar de espaço relevante na organização do país. Queremos contrariar este défice de representação. Coimbra é, com efeito, o único grande espaço urbano estruturado e com qualificação elevada fora das duas áreas metropolitanas e das suas zonas de influência imediatas. É o único centro urbano não metropolitano que organiza um território de quase meio milhão de pessoas. Sem ele, o território nacional estaria ainda mais desorganizado e desqualificado. Queremos ser uma voz audível que, no país e para o país, fale em nome de uma sociedade coesa e capaz.

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