O Festival e Laboratório Internacional de Artes Performativas Linha de Fuga regressa a Coimbra para a sua quinta edição, que decorrerá entre 6 e 30 de novembro de 2025.
Depois de em 2024 ter explorado os medos coletivos e individuais, a edição deste ano tem como mote a Performatividade da Amizade, refletindo sobre a importância do cuidado, da vulnerabilidade e da partilha num tempo marcado pela fragmentação social e pela aceleração da vida contemporânea.
A programação, de carácter internacional, conta com o financiamento da Direção-Geral das Artes e a coorganização da Câmara Municipal de Coimbra, em parceria com diversas entidades locais. Para além dos espetáculos, haverá também conversas, workshops e o habitual Laboratório Internacional de Criação, que acolhe 12 artistas de diferentes países, selecionados de entre mais de 90 candidaturas, para desenvolverem projetos artísticos em residência e abrirem os seus processos de criação ao público.
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Entre os destaques da edição de 2025 estão a estreia absoluta de “Omegaville”, da companhia espanhola Los 3 Cerditos (6 de novembro, Teatro da Cerca de São Bernardo), uma proposta de cinema expandido que aborda crises económicas, ecológicas e sociais, sublinhando a amizade como resistência. Outro momento central será a estreia em Portugal de “Para Cuatro Jinetes”, do coletivo espanhol Mucha Muchacha (8 de novembro, Convento São Francisco), espetáculo que parte da dança folclórica para refletir sobre identidade e futuro.
O festival recebe ainda Antonio Tagliarini, que regressa a Portugal com “La Foresta Trabocca” (13 de novembro, Convento São Francisco), uma criação partilhada com Gaia Ginevra que explora o falhar, o perder-se e a procura de novas estratégias de existência. Já a artista portuguesa Sónia Baptista apresenta “King Size” (14 de novembro, Teatro Académico de Gil Vicente), espetáculo que encerra a trilogia iniciada com Sweat, sweat, sweat e Dykes on Ice, numa análise trágico-cómica da construção das masculinidades.
Com uma programação diversificada que combina espetáculos, residências, encontros e momentos de reflexão, o Linha de Fuga 2025 afirma-se como um espaço de experimentação, partilha e diálogo em torno das artes performativas contemporâneas, colocando a cidade de Coimbra no centro da criação e da circulação artística internacional.
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