Desporto

Liga encerra serviços para evitar “golpe de estado” dos capitaneados pelo presidente da Académica

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 04-04-2014

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) encerrou hoje os serviços, para evitar uma tentativa de “golpe de estado” e assegurar a “segurança”, dada a intenção de ser realizada uma Assembleia Geral (AG) à revelia do organismo.

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Na quarta-feira, o presidente da Mesa da AG da LPFP, Carlos Deus Pereira, notificou todos os associados de que a solicitação de uma AG para 04 de abril, apresentado por Académica, Belenenses, FC Porto, Vitória de Guimarães, Estoril-Praia, Sporting de Braga e Tondela, “é ilegal e violadora dos estatutos da agremiação”.

“Não obstante tal determinação, que não foi impugnada nos termos próprios, os clubes convocantes dessa AG fizeram anunciar, através de fax recebido a 03 de abril pelas 18:59, o seu propósito de nesse dia 04 de abril comparecer na sede da Liga a fim de realizarem a AG, essa mesma cuja realização fora declarada ilegítima e sem efeito por decisão do presidente da Mesa da AG da LPFP”, pode ler-se em comunicado divulgado no sítio oficial do organismo na Internet.

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A LPFP reconhece que “os clubes convocantes têm o direito de discordar das decisões do presidente da Mesa da AG da LPFP, e discordando podem impugná-las nas instâncias competentes”.

“O que manifestamente não podem é, substituindo-se às instâncias competentes, impor pela força da ação direta aquilo que só o direito e a legalidade podem legitimar. Vivemos num estado de direito e sob o império da lei, o que não é conciliável com tentativas de ‘golpe de estado’”, acrescenta a LPFP.

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Esta foi a quarta vez que um grupo de clubes apresentou um requerimento para a marcação de AG extraordinárias para a destituição de Mário Figueiredo.

Os dois primeiros pedidos foram chumbados pelo facto de a maioria dos requerentes não preencher as condições necessárias para a subscrição do pedido, o terceiro por considerar que não cabia ao presidente da Mesa da AG “decidir se existe ou não justa causa para destituir o presidente da LPFP, ainda que a ausência de justa causa seja patente” e o mais recente, sobre a AG solicitada para hoje, por considerar “ilegal e violadora dos estatutos da agremiação”.

“Antevendo-se, em face da intenção anunciada pelos clubes convocantes, a probabilidade séria de ameaça à segurança de pessoas e bens, e no intuito de salvaguardar o bom nome e honorabilidade desta instituição, determinou a Comissão Executiva o encerramento da LPFP no dia 04 de abril de 2014 a partir das 10:30”, sublinhou o organismo, acrescentando que “o termo do prazo para a prática de atos” é transferido para segunda-feira.

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