Coimbra

Liga dos Combatentes quer mais apoios para quem esteve em contexto de guerra (com vídeo)

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 20-06-2021

No âmbito das comemorações do 99º Aniversário do Núcleo de Coimbra da Liga dos Combatentes foi apresentado no sábado, 20 de junho, o livro “Rostos da História na Guerra do Ultramar”.

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O livro “Rostos da História na Guerra do Ultramar” reúne fotografias, relatos de experiências e testemunhos individuais dos combatentes da Guerra do Ultramar, e pretende homenagear os que foram para a guerra. Foi pedido aos combatentes que disponibilizassem para publicação uma fotografia atual e outra em contexto de guerra, com um enquadramento do local de combate e das memórias que ficam, presentes no livro.

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O Major Jorge Carvalho, vice-presidente da direção do Núcleo de Coimbra da Liga dos Combatentes, refere na apresentação do livro que existem “muitos combatentes que falam da Guerra do Ultramar como se ainda fosse recente, mesmo já tendo passado quase 50 anos. Milhares sofrem de stress pós traumático, bem como esposas e filhos que cresceram com as memórias da guerra”.

O presidente da Liga dos Combatentes, Tenente General Chito Rodrigues, relembra que “este ano a Liga dos Combatentes comemora o seu centenário, 100 anos ao serviço do país e ao serviço dos combatentes e das suas famílias. Há 100 anos os combatentes, mutilados, cegos, feridos da guerra, não tinham os apoios necessários, foi assim que nasceu a Liga dos Combatentes”. Uma das suas lutas é pela melhoria de apoios aos antigos combatentes, “mas os Governos não respondem como deviam responder” afirma o Tenente General Chito Rodrigues.

“Vimos publicado o Estatuto do Antigo Combatentes, 47 anos depois da guerra ter terminado. Meio século depois é que se lembram que a bandeira nacional deve estar sob o caixão dos que vão morrendo, é que se lembram de apoiar a proposta da Liga dos Combatentes de nos considerarem titulares do reconhecimento da nação, com este título na Assembleia da República todos os partidos reconheceram o sacrifício dos combatentes na Guerra do Ultramar”.

Mas o presidente da Liga dos Combatentes lembra que “há combatentes que estiveram na guerra dois ou mais anos e recebem 50, 75 ou 100 euros por ano”, refere. A Liga tem feito propostas concretas mas que não têm sido aceites na Assembleia da República, e já fez novamente um documento que enviou para o Governo para que sejam revistas as leis e estatutos do combatente no que diz respeito ao reconhecimento, ao apoio à saúde e o apoio financeiro.

Na cerimónia foram homenageados antigos combatentes pelo seu desempenho nos períodos de Guerra do Ultramar e pelo apoio que prestam à Liga dos Combatentes.

Foi ainda deixado o desafio para um novo livro dedicado às Operações de Paz.

Na apresentação estiveram presentes o presidente da Liga dos Combatentes, Tenente General Chito Rodrigues, vice-presidente da Liga dos Combatentes Major General Fernando Aguda, o Tenente Coronel de Infantaria João Paulino, o vice-presidente da direção do Núcleo de Coimbra da Liga dos Combatentes Major Jorge Carvalho, presidente da Assembleia-Geral do Núcleo de Coimbra Coronel João Teixeira, presidente do núcleo fiscal do Núcleo de Coimbra Major Carlos Rodrigues, secretário do conselho fiscal do Núcleo de Coimbra António Figueiredo, vogal da Liga dos Combatentes, Arquiteto Varandas dos Santos, vogal da assembleia-geral do Núcleo de Coimbra, Coronel Lopes Rêgo, vogal da assembleia-geral do Núcleo de Coimbra, Tavares Lopes, representante do Comandante da Brigada de Intervenção, Major Vítor Jesus e Catarina Gonçalves, psicóloga do Centro de Apoio Médico, Psicológico e Social.

Veja aqui o direto NDC da cerimónia

 

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