Política

Líder do PS diz ter “palavra” de Montenegro para contributos na Defesa e Saúde

Notícias de Coimbra | 2 horas atrás em 28-08-2025

O líder do PS, José Luís Carneiro, revelou hoje ter “a palavra” do primeiro-ministro de que o Governo quer “contar com os contributos dos socialistas para a Defesa e implementação de uma “unidade de coordenação da emergência hospitalar”.

Em Aljustrel, no distrito de Beja, no final de mais uma ‘paragem’ da rota “Pela Coesão e Valorização do Território”, que está a fazer pela Estrada Nacional 2 (EN2) ao longo do país, José Luís Carneiro foi questionado pela agência Lusa sobre as três cartas que enviou ao primeiro-ministro, Luís Montenegro.

O secretário-geral socialista adiantou já ter dialogado com Montenegro sobre estas missivas, que continham propostas sobre Habitação, Defesa e Emergência Hospitalar.

PUBLICIDADE

“Obtive, no diálogo que tive com o primeiro-ministro, a palavra de que o Governo queria contar com os contributos do PS para as áreas da Defesa e para implementarem a unidade de coordenação da emergência hospitalar”, argumentou.

Segundo o líder do PS, abordou “muitos outros assuntos” com o chefe do executivo, mas aqueles foram “objeto de consideração concreta da parte do primeiro-ministro” e, agora, “compete [a Luís Montenegro] dar cumprimento a essa palavra e verificar como é que se traduz na prática esse compromisso”.

José Luís Carneiro foi também questionado pelos jornalistas, em Aljustrel, pelo anúncio feito hoje pelo Governo de que, na próxima quarta-feira, vai iniciar um conjunto de reuniões na Assembleia da República com os partidos.

Em conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, afirmou que estas reuniões servirão para o ministro das Finanças “divulgar as grandes opções orçamentais”, para discutir o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) e outras matérias.

O líder do PS admitiu que “houve contactos do ministro dos Assuntos Parlamentares com o presidente do Grupo Parlamentar do PS, tendo em vista ouvir os partidos políticos sobre várias áreas”.

Uma das matérias abordadas foi “o reconhecimento do Estado da Palestina”, sobre a qual a posição dos socialistas “é conhecida e pública [e já foi] assumida e defendida na Assembleia da República”, disse.

“Julgo que haverá outras áreas, mas vamos aguardar pela definição da agenda política do Governo, porque é o Governo que tem que tomar a iniciativa. Tomou a iniciativa [de avançar para as reuniões], têm que ser eles, naturalmente, a explicar o que é que querem conversar”, defendeu José Luís Carneiro.

Acerca da Comissão Técnica Independente sobre os incêndios, o secretário-geral do PS disse que, por agora, “o mais importante” é ainda acompanhar a “época [de fogos] que está a decorrer”.

“Estamos ainda longe, infelizmente, do fim destes incêndios florestais. Deixo uma palavra, mais uma vez, de responsabilidade aos portugueses. Só há uma forma de evitar os incêndios, é evitar as ignições e, portanto, todos, enquanto cidadãos, temos que contribuir para um país mais seguro, evitando as ignições”, frisou.

O líder do PS foi ainda questionado pelos jornalistas sobre declarações feitas hoje pelo ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, de que foi um executivo socialista que, em 2015, deixou cair a compra de novas aeronaves Canadair aprovada pelo anterior Governo do PSD/CDS.

Segundo José Luís Carneiro, o Governo da AD “tem que se lembrar que já está há um ano e meio com funções executivas, portanto, começam já a ser passado” e voltou a evocar o antigo primeiro-ministro social-democrata Cavaco Silva: “Um governo que ao fim de seis meses culpa os governos anteriores é um governo incompetente e incapaz para solucionar os problemas dos portugueses”.

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE