Política

Líder do CDS-PP quer combater centralismo do poder em Oliveira do Hospital  

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 25-07-2021

O presidente do CDS-PP disse hoje, na sua terra natal, que é candidato à assembleia municipal de Oliveira do hospital para combater o centralismo e para mostrar aos políticos o interior e o país real.

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“E faço para combater o centralismo e o centralismo combate-se com voz, com confronto, porque a política é feita com disputa, combate, para lembrar que há um Portugal real que não pode ser negligenciado por quem governa este país”, justificou Francisco Rodrigues dos Santos.

O líder do CDS-PP falava no dia em que foi apresentada a equipa candidata à Câmara Municipal de Oliveira do Hospital pela coligação PSD/CDS-PP, liderada pelo social democrata Francisco Rodrigues, e na qual Francisco Rodrigues dos Santos encabeça a lista à assembleia municipal.

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Na sua intervenção, o presidente popular disse que se candidata porque os políticos, em Lisboa, “não sabem o que é ter de percorrer quilómetros, muitas vezes sem cobertura de transportes públicos, para se ter acesso a uma escola, a um centro de saúde, a internet de banda larga ou até a saneamento básico”.

“É um país real que não pode ser esquecido nem ignorado por aqueles que de Lisboa querem decidir a vida daqueles que vivem no interior de Portugal, porque Portugal não é Lisboa e o resto não é paisagem e porque está na hora de juntos colocarmos Oliveira do Hospital no mapa, reclamando também decisões centrais do poder político nacional que possam aproveitar o desenvolvimento da nossa região”, prometeu.

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Francisco Rodrigues dos Santos reafirmou que o faz “por amor, compromisso, dever, sentido de serviço” à sua terra natal, onde hoje foram feitos os discursos, no Senhor das Almas, freguesia de Nogueira do Cravo, e para “dizer aos políticos que não conhecem o interior do país” apesar de falarem “de coesão territorial sem saber o que ela significa”.

“Depois das eleições autárquicas, seja eleito para as funções que o povo oliveirense me queira destinar, eu fico, eu cumprirei o meu mandato até ao final, eu honrarei o legado e o voto de confiança de todos os oliveirenses”, assumiu.

E prometeu estar “em cada freguesia, em cada aldeia, em cada terra de Oliveira do Hospital” e fazer com que a “assembleia municipal seja o espaço onde todos os oliveirenses se sintam identificados e representados no verdadeiro espírito democrático e não tenham medo de dizer aquilo que pensam”.

Na sessão esteve o eurodeputado Paulo Rangel que, em 10 minutos, lembrou que “Oliveira do Hospital já foi uma potência industrial no país” e hoje, “depois de três mandatos de gestão do PS, está em declínio, em regressão”.

Nas críticas ao PS, Paulo Rangel apontou “duas apostas pela simbologia para o futuro” deste concelho do distrito de Coimbra, e uma delas “é o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que não serve o país e muito menos serve os concelhos, como o de Oliveira do Hospital, que são baseados na iniciativa privada, na pequena e média empresa, no empreendedorismo dos cidadãos e que foram completamente postos de lado neste plano”.

Um segundo ponto é a Escola Superior de Tecnologia de Gestão, do Instituto Politécnico de Coimbra, que “é um dos grandes fatores de dinamização da vida económica, empresarial, cultural e social da região e é o grande parêntesis esquecido do Politécnico de Coimbra, porque a câmara na faz” por ela.

A título de exemplo, Paulo Rangel disse que “esta escola, que em muitos dos seus cursos tem empregabilidade de 100% e que está sempre a adaptar-se às necessidades locais” e funciona em Oliveira do hospital “há mais de 20 anos”, “ainda hoje, está alojada no quartel dos bombeiros”.

À Câmara de Oliveira do Hospital, nas eleições autárquicas de 26 de setembro de 2021, são conhecidos os candidatos, além da coligação PSD/CDS-PP, Francisco Rodrigues, o candidato pelo PS, Francisco Rolo, pela CDU, João Dinis, e pelo Chega, António José Cardoso.

A câmara é presidida, desde 2009, pelo socialista José Carlos Mendes e nas autárquicas de 2017 o PS conquistou 68,99% dos votos, conseguindo seis dos sete mandatos, ficando um, para a oposição, do PSD, que conseguiu 17,72%, numa eleição onde votaram 66,43% dos eleitores.

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