Política

Líder da mesa da Federação de Coimbra do PS diz que congresso não se justifica

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 08-02-2023

O presidente da mesa da Comissão Política (CP) da Federação de Coimbra do PS, Pedro Coimbra, disse hoje que a realização de um congresso distrital extraordinário “não se justifica”.

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Em declarações à agência Lusa, Pedro Coimbra expressou a opinião de que “está em causa apenas” a escolha do líder distrital pelos militantes, já que os órgãos federativos, eleitos há três meses, “estão na sua plenitude de funções”.

“Entendo que não se justifica fazer um congresso para eleger novos órgãos”, acrescentou, frisando que esta posição é assumida a título pessoal, cabendo uma decisão nesta matéria a “uma maioria de dois terços” dos membros com direito a voto na CP.

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Segundo o dirigente, a Comissão Política é constituída por 71 membros eleitos do PS e sete da JS que podem votar, a que se juntam as inerências dos líderes federativos da JS e das Mulheres Socialistas, bem como o presidente da Federação, que era Nuno Moita, mas renunciou ao cargo em janeiro.

Pedro Coimbra falava a dois dias da realização, num hotel de Coimbra, de uma reunião da Comissão Política na qual “há duas decisões importantes a tomar”.

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Uma delas é a marcação da eleição do presidente da Federação, “um órgão unipessoal que tem competências próprias”, enquanto a outra consiste em decidir “convocar ou não um congresso” extraordinário, o que implica a prévia eleição dos delegados.

“A minha opinião tende para que não se realize o congresso para eleger os restantes órgãos. Não me parece que haja necessidade”, sublinhou o deputado e antigo líder distrital de Coimbra do PS.

Na sexta-feira, “se a Comissão Política entender convocar um novo congresso, será também para eleger novos órgãos, o que implica fazer a eleição dos delegados”, acentuou.

No dia 11 de janeiro, o presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova, Nuno Moita, demitiu-se da liderança distrital do PS, justificando a decisão com o propósito de “proteger, defender e salvaguardar a imagem do partido”, após ser condenado a quatro anos de prisão, com a execução da pena suspensa, por participação económica em negócio quando desempenhava um anterior cargo público.

João Portugal, opositor de Nuno Moita na primeira eleição deste para a Federação, integrou em novembro uma candidatura conjunta com o ex-adversário, tendo assumido o lugar de vice-presidente da estrutura.

Entretanto, ainda em janeiro, o antigo deputado João Portugal foi o segundo militante, depois de Victor Baptista, a anunciar que disputará a presidência do partido em Coimbra.

Há um mês, Nuno Moita foi condenado a uma pena suspensa de quatro anos, por favorecimento de empresas quando era vice-presidente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça.

O autarca, que se mantém em funções na autarquia de Condeixa-a-Nova, anunciou na altura que decidiu recorrer da decisão judicial.

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