Possuir educação universitária em Portugal garante, em média, um salário 62% superior ao de quem estudou apenas até ao ensino básico.
Comparando com quem tem o 12.º ano ou um curso pós-secundário não superior, o ganho médio é de 36%. Os dados, compilados pelo Euronews a partir de estatísticas do Eurostat, mostram que Portugal está próximo da média da União Europeia, onde a diferença salarial entre quem tem ensino superior e básico é de 68%, e entre ensino superior e médio de 38%, revela o Correio da Manhã.
A disparidade entre países, contudo, é grande. Na Dinamarca, a diferença salarial entre quem tem habilitações elevadas e baixas é de apenas 29%, enquanto na Bulgária atinge 178%. No que diz respeito à comparação entre licenciados e quem possui ensino médio ou cursos pós-secundários não superiores, a variação vai de 15% na Áustria a 57% na Lituânia.
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O estudo indica ainda que as diferenças salariais tendem a esbater-se nos países mais ricos e a aumentar nos mais pobres. Segundo Gabriel Zajur, perito em questões sociais da Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia, “O pequeno ganho não é um fracasso do ensino superior; é um sucesso do modelo social”. Zajur acrescenta que, em países como Alemanha, Áustria e Suíça, os rendimentos de pessoas com formação média aumentam, reduzindo o fosso salarial com os licenciados, graças a sistemas duplos de ensino superior e formação profissional que garantem funções produtivas e bem remuneradas.
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