Coimbra

Leslie: Maioria dos viveiristas do distrito de Coimbra já trabalha sem limitações

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 12-10-2019
 
 
 

 A maioria dos viveiristas do distrito de Coimbra afetados pela tempestade Leslie, em outubro de 2018, está a trabalhar sem limitações, tirando “uma ou outra” exceção, segundo o presidente da associação que representa o setor.

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Eduardo Videira, presidente da Associação de Viveiristas do Distrito de Coimbra (AVDC), disse à agência Lusa que a atividade “está agora a laborar como antes da tempestade”.

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“Estivemos um tempo com a situação complicada, porque não sabíamos o que fazer às plantas, mas agora está tudo normalizado”, salientou o dirigente e empresário, referindo que o setor não diminuiu a atividade nem o número de trabalhadores.

Segundo o presidente da AVDC, o setor dos viveiros, que concentra a sua maior atividade nos municípios de Miranda do Corvo, Lousã e Coimbra, registou prejuízos na ordem do meio milhão de euros.

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“Tivemos muita sorte na nossa atividade, que não sofreu muito, uma vez que os ventos rasgaram muito plástico, mas não vergaram, na maioria dos casos, as estruturas”, explicou.

Houve viveiristas com prejuízos entre os 70 a 100 mil euros, “embora muitos deles registassem estragos entre os 11 a 15 mil euros”, com exceção da empresa Inproplant Lda, de Coimbra, que sofreu estragos superiores a 300 mil euros.

Passado um ano, a empresa recuperou duas das quatro estufas destruídas parcialmente, mas ainda não decidiu se avança para o arranjo das outras.

“Não tive apoios nenhuns e vou reparando conforme posso”, disse à agência Lusa o sócio-gerente António Baptista Santos, referindo que não apresentou candidaturas aos apoios por ser um processo “complicado”.

A Inproplant Lda produz maioritariamente árvores de citrinos e amendoeiras para o mercado nacional, mas neste último ano viu reduzida a sua atividade devido à tempestade Leslie, embora mantenha os mesmos 10 trabalhadores.

A passagem da tempestade tropical Leslie nas zonas mais afetadas de Portugal terá causado ventos de 180 a 190 quilómetros/hora, superiores aos registados, até então, nas estações meteorológicas oficiais, estimou na ocasião o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A Leslie está “no top três das tempestades atlânticas com os valores mais elevados de vento” registados em Portugal, ainda de acordo com o IPMA.

O ciclone tropical atlântico Leslie atingiu Portugal Continental em 13 de outubro de 2018, sendo esta a terceira vez que um furacão atingiu o território continental de Portugal, este o mais forte desde 1842.

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