O município de Condeixa-a-Nova teve de recorrer a fundos próprios para reparar os estragos das piscinas municipais provocados pela tempestade Leslie de outubro de 2018, recordou à agência Lusa o presidente da Câmara.
“Com um esforço muito grande conseguimos destinar 300 mil euros do Orçamento para intervir nas piscinas municipais, que foram o equipamento mais afetado”, salientou Nuno Moita.
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A empreitada representou um investimento de 600 mil euros, sendo que o restante valor foi coberto pelo seguro, e ficou concluída a tempo do equipamento reabrir a 01 de setembro.
Os prejuízos no concelho de Condeixa-a-Nova atingiram os 900 mil euros, tendo os estragos nas piscinas municipais, que ficou com a cobertura parcialmente arrancada, representado 60% do montante total.
Neste momento, adiantou Nuno Moita, 90% dos estragos em equipamentos públicos provocados pela tempestade Leslie estão reparados.
Segundo o autarca, o Fundo de Emergência Municipal, que suporta 60% do montante do prejuízo municipal [descontando as verbas pagas pelos seguros], ainda não chegou aos cofres do município que “teve de retirar verbas a outras rubricas”.
“O que falhou aqui foi o atraso no FEM, que ainda não chegou às Câmaras”, sublinhou.
Os apoios às coletividades e instituições particulares de solidariedade social que sofreram prejuízos com o fenómeno estão ainda por conceder, porque a Câmara “não tem condições de apoiar dentro do seu Orçamento”.
“Os apoios para as coberturas dessas associações só quando estiver disponível o apoio do FEM”, disse o presidente do município de Condeixa-a-Nova.
A passagem da tempestade tropical Leslie nas zonas mais afetadas de Portugal terá causado ventos de 180 a 190 quilómetros/hora, superiores aos registados, até então, nas estações meteorológicas oficiais, estimou na ocasião o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
A Leslie está “no top três das tempestades atlânticas com os valores mais elevados de vento” registados em Portugal, ainda de acordo com o IPMA.
O ciclone tropical atlântico Leslie, formado em 22 de setembro de 2018, atingiu Portugal Continental a 13 de outubro do mesmo ano, sendo esta a terceira vez que um furacão atingiu o território continental de Portugal, este o mais forte desde 1842.
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