Coimbra

Leopard “portugueses” já chegaram à Ucrânia

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 27-03-2023

Os três tanques blindados Leopard 2A6 doados por Portugal às forças de Kiev já estão na Ucrânia, divulgou hoje o Ministério da Defesa português.

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Numa nota divulgada na rede social Twitter, o Ministério da Defesa português realçou que estes carros de combate foram entregues “conforme definido” com os parceiros.

Fonte do Ministério da Defesa explicou à agência Lusa que os Leopard 2A6 foram entregues a Kiev juntamente com os carros de combate alemães.

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O chanceler alemão, Olaf Scholz, tinha indicado hoje que a Alemanha entregou à Ucrânia 18 tanques blindados Leopard.

A revista semanal Der Spiegel tinha noticiado antes que os tanques já tinham sido entregues, bem como cerca de 40 veículos de combate de infantaria Marder.

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A Der Spiegel tinha acrescentado que o Governo de Olaf Scholz manteve “em segredo o itinerário” de entrega “por razões de segurança”.

O Ministério da Defesa alemão também confirmou a entrega dos 18 carros de combate Leopard 2, acrescentando que prepara o embarque de cem Leopard 1, financiados em conjunto com a Dinamarca e os Países Baixos.

O responsável pela pasta da Defesa alemã, Boris Pistorius, referiu, citado no comunicado, que o objetivo inicial da Alemanha era entregar 14 unidades do Leopard 2, mas que posteriormente adicionou mais quatro tanques.

Juntamente com estes veículos blindados, foram fornecidas as peças de reposição e munições necessárias, especifica o comunicado, que também faz alusão à instrução recebida na Alemanha por soldados ucranianos para o seu manuseio.

Depois de ter sido pressionado por todos os lados para enviar Leopard 2 para a Ucrânia, o Governo alemão deu no final de janeiro ‘luz verde’ para o envio de tanques pela Alemanha, tendo o envio sido anunciado por Berlim para “fim de março, início de abril”.

Os Estados Unidos, por sua vez, concordaram em fornecer tanques do tipo Abrams, equivalentes ao Leopard 2.

O ministro da Defesa ucraniano, Oleksiy Reznikov, anunciou hoje que os primeiros tanques Challenger britânicos chegaram à Ucrânia.

Oleksiy Reznikov avançou que “os Challenger britânicos, os Strykers e os Cougars norte-americanos e os Marders alemães” tinham sido “acrescentados às unidades ucranianas”.

Uma porta-voz do ministério ucraniano, Iryna Zolotar, confirmou à agência France-Press (AFP) que os tanques Challenger “já se encontravam na Ucrânia”, sem precisar o número exato nesta fase.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 397.º dia, 8.401 civis mortos e 14.023 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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