Apesar de estar presente na maioria dos lares portugueses e ser amplamente recomendado na dieta mediterrânica, o leite UHT – aquele que passa por Tratamento de Ultra Alta Temperatura – está a gerar preocupações no meio nutricional.
O nutricionista Bartek Szemraj lançou um alerta: este tipo de leite, frequentemente escolhido pela sua longa validade e fácil armazenamento, poderá não ser tão benéfico como se pensa. Segundo o especialista, o processo de aquecimento extremo que o leite UHT sofre “prolonga a vida útil do produto, mas destrói enzimas essenciais ao organismo e altera a estrutura das suas proteínas”.
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Esta preocupação é corroborada pela BBC, que explica que o aquecimento intenso provoca a chamada “reação de Maillard”, responsável por modificar as proteínas do leite, em particular as do soro, que acabam por se dissolver. Com isso, o leite ganha um sabor diferente e perde parte do seu potencial nutritivo.
Além disso, esse mesmo processo térmico provoca a degradação de várias enzimas naturais do leite, dando origem a compostos de enxofre que tornam a digestão mais difícil. Resultado: “O leite UHT tem um valor nutricional inferior ao do leite fresco”, alerta Szemraj.
A recomendação do especialista é clara: sempre que possível, optar por leite fresco e refrigerado, que mantém intactas as enzimas e proteínas mais benéficas para o corpo humano.
Esta análise levanta um novo olhar sobre um produto amplamente consumido, deixando a dúvida: será que o leite mais prático é, afinal, o menos saudável?
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