O presidente da Câmara e recandidato da coligação Juntos Somos Coimbra a um segundo mandato disse hoje que o seu executivo transformou uma cidade em decadência e perda de população num concelho em desenvolvimento e a ganhar residentes.
Num discurso que encerrou a apresentação dos candidatos aos órgãos autárquicos, José Manuel Silva frisou que herdou uma “cidade decadente”, penalizada pelos efeitos inflacionários da guerra da Ucrânia, com um impacto negativo de 9 milhões de euros no orçamento municipal, mas que conseguiu equilibrar as contas ao fim de dois anos.
“Conseguimos equilibrar as contas e dar um novo elã à cidade em todos os setores e hoje ninguém discute que a cidade tem mais vida, mais dinâmica, mais pessoas, mais empresas, mais emprego, mais jovens e mais futuro”, sublinhou.
PUBLICIDADE
O autarca realçou que, no primeiro mandato, o seu executivo conseguiu aumentar as oportunidades para os jovens se fixarem no concelho, através de uma estratégia que permitiu o crescimento em 60% do número de grandes empresas instaladas em Coimbra, entre elas várias multinacionais.
Sem adiantar o nome, o candidato avançou que uma nova multinacional prepara-se para se instalar em Coimbra, com a perspetiva de criar 500 a 800 novos postos de trabalho, para a qual já está reservado um espaço de 5.000 metros quadrados.
“O saldo positivo destes quadros [no desenvolvimento económico] representa a criação de 1.200 novas empresas no concelho, que, criando cada uma três postos de trabalho, são mais três mil postos de trabalho criados”, sublinhou José Manuel Silva, justificando assim o aumento da população.
O candidato frisou que o concelho, depois de perder 6.400 residentes entre 2001 e 2021, já ganhou 5.010, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), “mas neste momento provavelmente o concelho de Coimbra já terá a maior população de sempre da sua história”.
No plano económico, muito referido no seu discurso, realçou que o executivo da coligação Juntos Somos Coimbra já recuperou 10 milhões de euros de receitas em impostos diretos e que, em receitas correntes, a Câmara passou de 96 para 129 milhões de euros, de 2021 para 2024.
“Em 2025, as receitas correntes ainda vão ser maiores e não aumentámos impostos, pelo contrário: reduzimos os impostos, baixando a derrama para atrair empresas e introduzimos o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) familiar para reduzir a penalização às famílias”, enfatizou.
Para gerar maior dinâmica no concelho, José Manuel Silva prometeu reduzir as taxas urbanísticas, o que, na sua opinião, “vai facilitar a instalação dos jovens e das famílias no concelho”, depois de reduzir os tempos médios de resposta no urbanismo de 50 para 11 dias.
Prometeu ainda construir novas instalações desportivas, face ao défice de equipamentos, dando como exemplo a equipa de hóquei em patins da Associação Académica, que não tem instalações para treinar.
“Quando falamos em desenvolvimento, não nos referimos só à economia e às empresas, mas nada é possível se não houver receita. Vamos terminar este mandato com uma receita de cerca de 20 milhões de euros superior àquilo que herdámos e, por isso, podemos fazer mais e melhor no próximo mandato”, reforçou.
Além de José Manuel Silva, são candidatos a ex-ministra Ana Abrunhosa, pela coligação Avançar Coimbra (PS/L/PAN), o vereador Francisco Queirós, pela CDU (coligação PCP/PEV), o ex-deputado José Manuel Pureza, pelo Bloco de Esquerda, Maria Lencastre Portugal, pelo Chega, Sancho Antunes, pelo ADN, e Tiago Martins, pela Nova Direita.
O atual executivo é composto por seis elementos da coligação Juntos Somos Coimbra, quatro do PS e um da CDU.
As eleições autárquicas realizam-se em 12 de outubro.
PUBLICIDADE