Desporto

Julho de 1984 – Junho de 2025: sempre o mesmo sentimento de pertença

Notícias de Coimbra | 5 horas atrás em 15-05-2025

São quase 41 anos, desde aquela noite em que, por protocolo entre a AAC e o Clube Académico de Coimbra, houve o regresso da Académica à casa-mãe, sob a forma de Organismo Autónomo de Futebol.

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Muito mudou, entretanto. O futebol, as direções, os autarcas, os reitores, os estudantes, mas, uma coisa é certa, a Académica mantém-se viva independentemente do escalão onde milite. E isto porque a Académica é mais do que um clube de futebol, é uma instituição multidimensional e atemporal, que não sai de moda. É um património imaterial de gerações, para gerações.

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Este é o meu testemunho pessoal sobre o momento que a Académica/OAF atravessa e,
declaração de interesses: sou candidato ao Conselho Académico pela lista “Seremos de novo Briosa”.

O nosso manifesto eleitoral diz bem do espírito que move este conjunto de associados,
com o Rui Sá Frias como candidato a presidente da Direcção, permitindo-me citar algumas passagens:
“A História da Académica não é apenas a de um clube; é o reflexo da alma de Coimbra, da sua Universidade, das suas gentes e da sua cultura; há décadas que somos mais do que futebol; somos símbolo, ponte entre gerações e voz da cidade”.

A Académica não se resume a vitórias ou derrotas… A Académica é um compromisso com a liberdade e com a dignidade. Somos herdeiros de uma responsabilidade: devolver à nossa Briosa a grandeza do nome pelo qual todos nos conhecem. Este é o nosso movimento. Esta é a nossa causa.”

Acrescentando eu que a Académica é, portanto, sinónimo de valores e causas. E é por isto que nunca direi que não à Académica e estou de corpo e alma neste projeto, pois temos de dar um pouco de nós para que as coisas boas aconteçam. Ser sócio, ir ao estádio, participar na vida associativa e, nomeadamente, em eleições a escolher quem entendam melhor são gestos que podem fazer acontecer.

Por outro lado, é importante desdramatizar o ato eleitoral e não criar enredos à sua volta, pelo bem maior que é o futuro da Briosa. Nas diversas listas estarão certamente conhecidos e/ou amigos, mas, sobretudo, académicos, sendo, pois, obrigação de todos fazer uma campanha esclarecedora e cordata, com elevação democrática. Sem “fake news” nem ligações a fantasmas que teimam em não sair de cena…

A nossa lista reger-se-á por esse compromisso. Cabe aos sócios fazer a avaliação das propostas e escolher. Muito importante é participar.

“O Conselho Académico é um órgão de estudo e consulta, devendo ser ouvido em todas as questões de alto relevo para a AAC/OAF…”, art.º 76.º dos estatutos da Académica/OAF, e nele têm assento os atuais e antigos presidentes dos restantes órgãos sociais, do Núcleo de Veteranos, das casas da Académica e das claques, o reitor da Universidade de Coimbra, o presidente da DG da AAC e o do Instituto Politécnico de Coimbra, bem como 20 membros eleitos, por método de Hondt, nas próximas eleições (a 01 de Junho).

É neste órgão que, uma vez eleito, cumprirei com lealdade as minhas funções e justificando permanentemente a confiança depositada pelos sócios.

Já vão demasiados anos para que a Académica esteja remetida a um lugar que não é
historicamente o seu. Se é certo que muito mudou no futebol, a nossa ideia de uma Académica de valores, emanação da Academia coimbrã, mas também da sua cidade, sem esquecer os milhares e milhares de antigos estudantes espalhados pelo mundo numa espécie de diáspora académica, mantém-se intacta. Mas há que merecer a História e resgatar no presente o orgulho da Briosa. Com trabalho, com dedicação, com paixão. E com um projeto realista. Tenho esperança que se cumpra e que voltemos a ser, de novo, Briosa!

Em memória do Engº Jorge Anjinho e do Prof. André Campos Neves…

OPINIÃO | Ricardo Roque (presidente da AAC em 1984)

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