Mundo

Jovens trocam jornais por “jornalistas-influencers”

Notícias de Coimbra | 43 minutos atrás em 03-09-2025

Um novo estudo da Havas Media Network, o Meaningful Media, revela um panorama complexo e em constante mudança sobre como os portugueses consomem notícias.

A pesquisa mostra que, embora a maioria procure atualização, as motivações e a confiança nos meios variam bastante entre as gerações.

O consumo diário de notícias através das redes sociais está a crescer em todas as idades, mas apenas os mais jovens (15-34 anos) as colocam no top 5 dos meios mais credíveis.

PUBLICIDADE

Esta mudança, que se nota a partir de 2023, é impulsionada pelo consumo de vídeos virais que se tornam o “prime time” dos jovens, não só para entretenimento, mas também para informação.

Apesar desta tendência, a televisão e os jornais impressos continuam a ser os meios mais credíveis para todas as idades.

As diferenças também se veem nas motivações. Os mais velhos (45-64 anos) procuram entretenimento a par da informação, enquanto a Geração Z valoriza a descoberta de coisas novas, função que atribuem principalmente a motores de busca e redes sociais.

Paralelamente, a tendência de “fuga a notícias” (news avoidance) está a aumentar, refletindo o cansaço perante a negatividade e a crise. Este movimento, associado à substituição do jornalismo profissional por “jornalistas-influencers” impulsionados por algoritmos, aumenta os riscos de desinformação e polarização.

A publicidade também sente o impacto destas mudanças. A publicidade associada a notícias caiu 27% em Portugal entre 2019 e 2024. Os mais jovens revelam menor tolerância à publicidade, com 54% a usar bloqueadores de anúncios, enquanto os mais velhos a aceitam melhor, quase por hábito cultural.

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE