A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) aplaude a contratação de jovens médicos para os centros de saúde, no âmbito da atual reforma do Serviço Nacional de Saúde na área dos Cuidados de Saúde Primários. “É o reconhecimento da tutela perante a falta de recursos humanos, designadamente os médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar”, acentua Carlos Cortes.
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O presidente da SRCOM elogia a intenção do Governo em colocar médicos de família nos centros de saúde, especialmente nas zonas mais carenciadas, mas não deixa de exigir a melhoria nos procedimentos concursais: “Anteriormente, os concursos introduziam fatores de desiquilíbrio e desigualdade entre os candidatos. Não podemos pactuar com essas injustiças. Os concursos têm de ser transparentes, condignos e justos”, sustenta Carlos Cortes.
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O Ministério da Saúde deve criar condições concretas para travar a saída dos médicos do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente para a emigração, fenómeno que se acentuou nos últimos anos”. Desde 2014, da região Centro, emigraram 112 médicos.
“Neste momento”, acrescenta o presidente da SRCOM, “faltam oitenta médicos de família na Região Centro” pelo que, “é absolutamente urgente responder às graves carências de recursos humanos médicos nos Centros de Saúde que, por esse motivo, estão a atravessar graves dificuldades das quais resultam gravosos impactos para as populações”.
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Nos próximos dois anos, já estarão formados mais de 140 médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar na Região Centro (dos 300 em formação neste momento, 72 no último ano da especialidade), o que “dará para suprir as necessidades e colmatar a falta de recursos humanos”. De acordo com Carlos Cortes, “falta ainda definir o sistema de incentivos para a colocação de profissionais de saúde nas áreas geográficas mais carenciadas. Apesar do esforço dos profissionais de saúde, os cuidados de saúde primários têm sido uma área completamente ignorada”.
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