Uma jovem estudante de 21 anos morreu após receber uma sobredosagem de medicação contra indicada ao quadro clínico durante uma crise de ansiedade, no Brasil.
Deu entrada no hospital a 3 de julho, e segundo o advogado citado pelo G1, estava consciente e a conversar. Naquela unidade, o médico receitou-lhe fentanila e midazolam.
No mesmo dia, a paciente foi encaminhada a um posto de saúde e, no caminho, recebeu mais doses de fentanila e midazolam. Foi constatado um “dano cerebral muito grande”. No dia 5 do mesmo mês, foi encaminhada para outro hospital onde o óbito foi declarado já no dia 9 de julho.
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O advogado referiu ainda que a família aguarda o relatório toxicológico da morte, mas que a causa preliminar foi uma paragem cardiorrespiratória, que causou morte encefálica.
“Eram medicamentos com a finalidade de entubação, não ansiedade. Normalmente utilizam para entubação 1 a 1.2 microgramas de um dos medicamentos, por peso. Ela teria que tomar 50 microgramas, mas foram aplicadas 4 ampolas de 10 miligramas, 2 mil microgramas”, explicou.
O médico diretor clínico e a coordenadora de enfermagem foram afastados. De acordo com a polícia, a investigação aponta para o facto dos profissionais falsificarem documentos para omitir a dosagem, o nome dos medicamentos e até os procedimentos feitos, cita o Notícias ao Minuto.
“Consta no inquérito que houve uma tentativa de suprimir documentos. O médico preencheu um registo falso sobre o que administrou na paciente. A coordenadora produziu documentos a omitir a quantidade, procedimentos e medicamentos administrados pelas enfermeiras”, acrescentou.
A Polícia Civil brasileira está a tomar conta do caso.
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