Política

José Manuel Silva diz que Coimbra está a transformar-se e pede mais quatro anos

Notícias de Coimbra | 49 minutos atrás em 17-07-2025

O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, recandidato pela coligação Juntos Somos Coimbra, afirmou hoje que o concelho “está a transformar-se aceleradamente”, pedindo mais quatro anos à frente do município para continuar o trabalho já feito.

“Coimbra está a transformar-se aceleradamente, o que implica alguma dor, é verdade, mas a razão é investir num futuro muito melhor, numa cidade mais moderna e cosmopolita, com mais qualidade de vida, mais empresas e mais oportunidades para todos e todas”, disse José Manuel Silva, que discursava durante a apresentação da recandidatura pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/IL/NC/PPM/V/MPT).

A cerimónia decorreu na Praça 25 de Abril, cujo projeto de remodelação foi revisto pelo atual executivo, no âmbito da empreitada do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), que não estará pronto no final do mandato e que tem infligido alguma da dor que o autarca referiu no discurso, face aos constrangimentos que as obras têm provocado no trânsito da cidade.

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Durante o seu discurso, José Manuel Silva centrou-se num balanço dos quatro de mandato à frente da Câmara de Coimbra, afirmando que o seu executivo protagonizou uma “enorme metamorfose” no concelho.

O presidente da Câmara entendeu que Coimbra está “hoje mais desenvolvida”, não tendo dúvidas de que voltará a ser reeleito presidente do município.

Para isso, apontou para o crescimento demográfico do concelho desde que tomou posse, recuperando 5.010 dos 6.383 residentes que Coimbra perdeu entre 2001 e 2021, acreditando que o concelho chegará no final de 2025 com a maior população residente de sempre.

Sobre as críticas de que esse crescimento é feito com cidadãos estrangeiros, José Manuel Silva vincou que recusa “energicamente a estigmatização dos imigrantes” e agradeceu àqueles que escolhem o país para viver.

O investimento nas infraestruturas de águas, a defesa da passagem da alta velocidade no centro de Coimbra, a atração de multinacionais, um departamento de urbanismo mais célere, maior planeamento urbanístico, a expansão do iParque e mais do dobro do investimento em freguesias foram alguns dos pontos que abordou na defesa do seu mandato.

Além disso, alegando que “alguns” querem atrasar ou parar o projeto do SMM (canal dedicado em autocarros articulados), vincou que o seu executivo procurou acelerar “o mais possível o projeto”, ao mesmo tempo que promoveu “a integração funcional e urbanística” desse mesmo sistema com a cidade.

No entanto, José Manuel Silva considerou que não foi possível, em quatro anos, “corrigir todos os inúmeros problemas do concelho”, reiterando que herdou um município estagnado, com o urbanismo a funcionar ainda em papel, admitindo um investimento insuficiente em alguns setores, dando o exemplo da limpeza urbana.

Para a recandidatura, a coligação repete a eurodeputada do PSD Lídia Pereira como cabeça de lista à Assembleia Municipal, bem como o mandatário, que continua a ser o antigo líder do grupo parlamentar dos sociais-democratas Paulo Mota Pinto (a mandatária da juventude será Débora Monteiro Cortesão, médica e influenciadora digital com mais de 110 mil seguidores na rede social Instagram).

Além da recandidatura do atual presidente da Câmara pela coligação Juntos Somos Coimbra, serão candidatos às autárquicas a ex-ministra Ana Abrunhosa, pela coligação Avançar Coimbra, o vereador Francisco Queirós, pela CDU, o ex-deputado José Manuel Pureza, pelo Bloco de Esquerda, e Maria Lencastre Portugal, pelo Chega.

Em 2021, a coligação Juntos Somos Coimbra ganhou a Câmara Municipal com cerca de 44% dos votos (seis mandatos), contra 32,6% do PS (quatro mandatos), então liderado por Manuel Machado, que tentava um terceiro mandato consecutivo à frente do município.

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