Presidente da câmara referiu que o Governo não negoceia “sob pressão”.
Numa intervenção crítica à “greve política” decretada pelos motoristas dos SMTUC, José Manuel Silva voltou a apelar ao fim do protesto marcado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).
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Na intervenção feita durante o período antes da Ordem do Dia, o autarca referiu que “parece que o STAL não quer resolver o problema dos motoristas, quer que o problema se mantenha para poder continuar a fazer política sindical, em vez de defender eficazmente os interesses dos trabalhadores”.
Ao contrário do que foi revelado pelo porta-voz dos motoristas ao NDC, o presidente afirmou que “surpreendentemente, os motoristas não desmarcaram a greve, mesmo sabendo que, com a realização da greve, o diálogo não aconteceria”. “Nenhum Governo negoceia sob pressão de uma greve em curso”, frisou.
Por outro lado, lamentou a politização do protesto, lembrando que “não há nenhuma greve na Nazaré, em Portalegre e no Barreiro, não obstante nestes concelhos existirem assistentes operacionais com função de agentes únicos e os respetivos executivos camarários nada terem feito, nem nada estarem a fazer, para resolver o problema dos seus motoristas”.
E deixou um conjunto de questões: “Porque é que o STAL só convoca greves em Coimbra? Porque é que os outros sindicatos não se associam à greve? Porque é que o STAL manteve uma greve que sabia que ia colidir com o diálogo em curso? Porque é que o STAL não convida o presidente da Câmara para os plenários dos trabalhadores?”.
Sobre esta questão, José Manuel Silva informou que a câmara do Seixal “esteja a pagar o subsídio de penosidade e insalubridade aos seus motoristas”, frisando desta forma que “o STAL continua a enganar os trabalhadores quanto à aplicabilidade deste subsídio os motoristas dos SMTUC”.
Desta forma, e apesar da postura do STAL, o autarca voltou a deixar um apelo “ao Governo para continuar o diálogo com os sindicatos que estiverem disponíveis para o prosseguir”. “As greves políticas, absolutamente desnecessárias, apenas estão a prejudicar os motoristas e os munícipes, pelo que voltamos a apelar à sua suspensão, pela sua total inutilidade e dano”, concluiu.
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