Política

José Luís Carneiro quer aprofundar acordos com IPSS e Misericórdias na saúde

Notícias de Coimbra com Lusa | 5 meses atrás em 23-11-2023

 O candidato à liderança do PS José Luís Carneiro defendeu hoje um aprofundamento dos acordos do Estado com a União das Misericórdias Portuguesas e com as Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS) no setor da saúde.

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Este objetivo programático foi assumido pelo ministro da Administração Interna em entrevista à CNN/Portugal, durante a qual afirmou ter como prioridade para a área da saúde “responder às circunstâncias absolutamente exigentes no terreno”, nomeadamente em matéria de urgências, consultas e cirurgias.

“Tenho a vontade de assumir na minha moção de estratégia o estabelecimento de um acordo com a União das Misericórdias Portuguesas e com as IPSS, para que, em articulação com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), possam contribuir para resolvermos aos cidadãos – na sua maioria idosos e por vezes sem retaguarda familiar – que se encontram internados nos hospitais e que têm falta de uma retaguarda familiar”, disse.

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De acordo com o ex-secretário-geral adjunto do PS, a solução que propõe poderia permitir que cerca de 1.500 camas fossem disponibilizadas para o SNS. 

José Luís Carneiro advogou, ainda, uma “contratualização da prestação de cuidados de saúde nessas mesmas instituições, quer em relação a cirurgias, quer em relação a consultas, quer em relação também às matérias relacionadas com o diagnóstico”.

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Depois, defendeu a reforma que está em curso no SNS, assinalando que as medidas que estão em curso demoram tempo a produzir os seus resultados, designadamente no que respeita às unidades de saúde familiares do tipo B.

“Há também a implementação das unidades locais de saúde. Apenas conseguiremos resolver de uma forma sustentada o que se passa com a concentração de resposta nas urgências hospitalares se reforçarmos a capacidade dos centros de saúde, dos médicos de família e em rede. E de forma integrada articularmos esses esforços com os cuidados hospitalares”, sustentou, deixando neste ponto uma palavra de solidariedade ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, e ao diretor executivo do SNS, Fernando Araújo.

Em relação ao futuro da TAP, José Luís Carneiro defendeu as decisões já tomadas por este Governo, embora não se tivesse referido especificamente ao facto de o atual executivo admitir uma privatização quase total da transportadora área nacional.

“Há decisões que estão tomadas por parte do Conselho de Ministros que são para respeitar. O que há que salvaguardar como mais relevante é garantir que o aeroporto de Lisboa, enquanto ‘hub’ transcontinental, é respeitado no caderno de encargos e é uma das condições em relação à decisão sobre a quem entregar essa privatização”, disse.

Neste contexto, destacou os resultados positivos da TAP e considerou essencial que a privatização seja feita sem pressa, tendo em vista salvaguardar a função estratégica da empresa.

José Luís Carneiro realçou então a importância da TAP “não apenas dos pontos de vista da economia, da sua relação intercontinental, mas também, particularmente, no serviço que faz à diáspora portuguesa”.

“Tem uma função estratégica que tem de ser salvaguardada no caderno de encargos, sem colocar em causa o seu valor. Não temos de o fazer com pressa. Temos de o fazer com amadurecimento e com ponderação sobre o interesse nacional”, acrescentou.

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