Coimbra

José e Ana garantem que Metro revolucionará mobilidade e regeneração urbana em Coimbra

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 02-03-2014

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A implantação do metro ligeiro contribuirá para uma “alteração do paradigma da mobilidade” em Coimbra, além de constituir uma oportunidade para a regeneração urbana, defendem dois professores da Universidade de Coimbra (UC) à agência Lusa.

O Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), que incluirá o metro na cidade e a ligação a Miranda do Corvo e Lousã, terá de “assumir um papel central no desenvolvimento de uma estrutura lógica e sustentada da mobilidade”, afirma Ana Bastos, do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologia.

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Também José António Bandeirinha, professor do Departamento de Arquitetura da UC, entende que o metro do Mondego “é um projeto estruturante” para Coimbra e a região.

“Tem de ser um projeto total, que aposte tanto na reabilitação da linha da Lousã, como é justo e da mais elementar necessidade repor os direitos das pessoas, mas também no sentido de criar uma espinha dorsal para toda a mobilidade urbana da cidade”, preconiza.

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Ana Bastos realça igualmente “a abrangência, quer urbana, quer interconcelhia” do futuro SMM, que inclui o canal ferroviário entre Coimbra B e Serpins, no município da Lousã.

O metro poderá “servir de canal promotor à alteração do paradigma de mobilidade urbana, atribuindo uma cada vez maior importância à utilização do transporte coletivo, devidamente articulado com a circulação pedonal e ciclável” na cidade do Mondego.

“A ligação funcional dos municípios de Miranda do Corvo e Lousã à cidade de Coimbra gera, já na atualidade, um conjunto significativo de viagens pendulares, podendo esse número aumentar significativamente em função da política e estratégias de planeamento do território e do uso do solo”, afirma Ana Bastos.

Na sua opinião, “a dinâmica urbana e, em particular, o aumento da densidade habitacional nas áreas de influência da linha do metro ligeiro e dos níveis de ‘mix’ de usos do solo tenderão a revelar-se essenciais à sustentabilidade económica” do projeto.

“Sem a Linha do Hospital, sem a articulação urbana com os outros transportes, tudo isto fica uma farsa completa”, adverte, por sua vez, António Bandeirinha, antigo pró-reitor da Cultura da Universidade.

A Linha do Hospital, que entroncará com a linha paralela ao rio Mondego (entre o Parque Manuel Braga e a estação de Coimbra B), ligando a Baixa ao Centro Hospitalar e Universitário, “é absolutamente fundamental” para a requalificação urbana, mas também para a sustentabilidade financeira do empreendimento.

O metro “pode constituir uma verdadeira bomba de oxigénio para zonas agonizantes da cidade em processo total de desertificação”, explica o arquiteto, que nas últimas autárquicas foi eleito para a Assembleia Municipal pelo movimento independente Cidadãos Por Coimbra.

“Esse projeto não pode ser um jogo político entre interesses mais ou menos partidários ou eleitorais”, um problema que tem existido, desde a criação da empresa Metro Mondego, em 1996, e que António Bandeirinha gostaria de ver “definitivamente debelado”.

Ana Bastos prevê que “a oferta de estacionamento de longa duração junto às estações” venha a revelar-se “igualmente essencial à atratividade” de novos utilizadores.

As obras do SMM começaram em finais de 2009, sem recurso a fundos comunitários, tendo implicado a suspensão do serviço de comboios no Ramal da Lousã, mas pararam alguns meses depois por decisão do último Governo de José Sócrates.

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