Jorge Conde lembra que nos últimos 30 anos Coimbra perdeu importância política e social

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 19-07-2017

Começa hoje um ciclo de 4 anos para o Politécnico de Coimbra, para todos os que aqui trabalham, para a região, as suas empresas, as suas autarquias, as suas instituições, começou por garantir Jorge Conde após a posse como presidente do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC).

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A cerimónia de posse de Jorge Conde e dos Vice-Presidentes Cândida Malça e José Gaspar decorreu hoje, 19 de junho, no auditório António Arnaut da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC),

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Diretor Geral, do Ensino Superior – João Queiroz, o Reitor da Universidade de Coimbra –  João Gabriel Silva Exma,  Manuel Machado – Presidente da Câmara Municipal de Coimbra e da Associação Nacional de Municípios, José Carlos Alexandrino – Presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e Luís Antunes – Presidente da autarquia da Lousã, foram algumas das personalidades que estiveram presentes nesta escola situada em São Martinho do Bispo.

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O novo líder do IPC afiança que  tem a convicção de que o Politécnico de Coimbra pode ser melhor na sua missão de ensinar, de transferir conhecimento, de fazer ciência e de participar no desenvolvimento da região e do País.

Jorge Conde recordou que o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior advogou há pouco tempo que o setor se constituiu como um problema social complexo, no qual o governo tem um papel fundamental. “Tem o Sr. Ministro toda a razão, mas seria bom que o pretende.se resolver com as instituições e não contra as instituições. Seria bom que colocando todos a falar, lado a lado, se mudasse ou se melhorasse o que é preciso”.

Se a ideia era ter um ensino competitivo, que ombreasse com o americano, aquilo que está a acontecer é que não só não fomos capazes, como vamos perdendo terreno para a China, e mesmo para outros países do continente asiático, lamenta Jorge Conde.

Politécnico de Coimbra é uma das maiores instituições do sub-sistema do Ensino Superior Politécnico e uma instituição da metade superior de todo o sistema de ensino superior, que, no entanto, fruto da sua construção e funcionamento, não foi capaz até hoje de criar uma marca global, mais forte e visível que as marcas das escolas de per si, salienta o novo timoneiro do Politénico.

Apesar de tudo, Jorge Conde acredita “que o Politécnico de Coimbra pode recrutar os melhores estudantes, pode demonstrar a qualidade do seu corpo docente e de investigadores, e pode ter no corpo não docente, a mais valia de se focar na resolução de problemas de quem nos procura.”

O sucessor de Rui Antunes deseja mesmo “afirmar o Politécnico de Coimbra como uma das melhores instituições do ensino superior português e claro como o melhor dos Politécnicos”.

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Jorge Conde com Filomena Girão, a Presidente do Conselho geral do IPC e o seu antecessor Rui Antunes

Da tutela esperamos condições e reconhecimento. Seria mais fácil esperar facilidades, mas ficamos felizes se forem capazes de nos dar condições e se reconhecerem o nosso trabalho. Das empresas, das autarquias, das instituições do mundo produtivo, esperamos oportunidades de mostrar que temos saber, que sabemos fazer e que podemos fazer convosco um trabalho produtivo que solucione os vossos problemas os simplesmente as vossas necessidades. Dos nossos parceiros no ensino superior, esperamos complementaridade. Temos a noção das nossas capacidades, das nossas competências, mas também das nossas limitações, e por isso estamos muito disponíveis para um trabalho conjunto de produção de saber. Estamos em crer que ganhamos todos mais pela via da complementaridade, do que pela via da concorrência. Da nossa comunidade profissional, esperamos cooperação, trabalho conjunto, critica construtiva e fundamentalmente disponibilidade para a mudança. Esperamos que se fale do IPC na primeira pessoa, colocando no local que lhe é devido o conceito escola e departamento. Dos estudantes esperamos exigência, consigo e com a instituição; mas exigência de qualidade, de excelência no ensino, de elevação do valor dos diplomados pelo seu aumento de competências e de comportamentos, concluiu Jorge Conde.

Dando a entender que vai ter uma postura bastante activa, Jorge Conde frisou que “a Cidade, é um paradoxo: se por um lado perdeu nos últimos 30 anos grande parte da sua importância política e social, por outro lado mantém a mística e a tradição de cidade académica. Se a ausência de emprego e a fixação póscurso pode ser prejudicial à captação, Coimbra mantém o encanto de aqui se estudar e é por aí que teremos de trabalhar”.

Nos últimos anos temos tido medo de mudar e temos adiado decisões que são indispensáveis à sobrevivência do Politécnico de Coimbra. Fala-se do Politécnico, erradamente, como o conjunto dos serviços geridos pelo presidente, em vez de nos referirmos ao Politécnico, como o conjunto de toda a estrutura de todas as unidades orgânicas e de todos nós, avisa Jorge Conde.

Com Jorge Conde o IPC pretende ser parceiro dos grandes projetos da região, trabalhar com a Universidade de Coimbra, com Câmara Municipal de Coimbra e com todas as outras autarquias da região, assim como com as instituições e empresas de relevo local e regional.

O Presidente do IPC quer ainda “encetar uma discussão alargada e séria, sobre o que queremos medir, estabelecendo objetivos para o IPC, para as sua Unidades Orgânicas e para os que aqui trabalham e estudam, reorientando o que for de reorientar, por forma a que as estratégias individuais, não se sobreponham às estratégias coletivas e consequentemente, não criem ruído e entropia ao caminho que juntos definiremos para o Politécnico de Coimbra”.

No vídeo do directo NDC pode ver a actuação de elementos da Orquestre Clássica do Centro e os discursos de Filomena Girão e Jorge Conde: 

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