Estalidos, rangidos ou ruídos vindos dos joelhos ao caminhar ou subir escadas são uma experiência comum, conhecida clinicamente como crepitação do joelho. Apesar de poder gerar ansiedade, os especialistas garantem que, na maioria dos casos, não há motivo para alarme.
A crepitação ocorre quando se ouve ou sente um som durante o movimento da articulação, sobretudo ao dobrar ou esticar o joelho. A origem exata desses sons ainda não é totalmente compreendida, mas podem estar ligados ao atrito de tendões, bolhas de gás no líquido articular ou alterações na cartilagem.
Uma revisão recente de 103 estudos, que envolveu mais de 36 mil pessoas, concluiu que 41% da população apresenta crepitação nos joelhos, mesmo sem dor ou histórico de lesões. Ou seja, o fenómeno é mais frequente do que se pensa — e nem sempre está associado a problemas graves.
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Embora seja mais comum entre pessoas com artrose, a presença de crepitação não indica, por si só, o desenvolvimento da doença. Num estudo com adultos mais velhos, dois terços dos que apresentavam crepitação contínua não desenvolveram osteoartrose nos quatro anos seguintes, avança o site ZAP.
O mesmo se aplica a jovens com lesões no joelho. Embora possam ter maior probabilidade de apresentar crepitação após cirurgia, isso não se traduz necessariamente em piores resultados a longo prazo.
Apesar de ser geralmente inofensiva, a crepitação deve ser avaliada por um médico se vier acompanhada de outros sintomas, como dor persistente, inchaço, rigidez ou vermelhidão, sensação de instabilidade ou bloqueio articula e perda de mobilidade
Nestes casos, poderá ser necessário um exame físico detalhado ou exames de imagem, com possíveis recomendações de fisioterapia, reforço muscular, controlo de peso ou medicação anti-inflamatória.
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