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Barbosa de Melo tem um sonho Para Coimbra

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 09-07-2013

107-222

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João Paulo Barbosa de Melo anuncia candidatura à Câmara Municipal de Coimbra. Evento decorreu esta terça-feira no Jardim Botânico.

Sim, nós sabemos que o e-eleitor quer saber tudo, mas quase tudo pode ser demais. Vamos contar-lhe o essencial, pois a campanha ainda está longe do adro.

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Podemos contar que evento não contou com bandeiras do PSD, cartazes do PSD, símbolos do PSD ou  dirigentes nacionais do PSD. Nenhum dos 300 presentes usou gravata laranja. Apenas 3 militantes vestiram  t-shirt´s  com as cores do partido. Também não foi servido sumo de laranja, o que tinha dado imenso jeito. Deu para ver que estão “Juntos Por Coimbra”.

Mas houve Braga da Cruz a apresentar, Manuel Antunes a mandatar e Barbosa de Melo a discursar. O candidato, em grande forma, não nos contou nada de novo, mas manteve o salutar hábito de não fazer discursos à moda de Cuba ou Venezuela, o que já lhe rende meio voto junto de quem partilha este sentido de timing televisivo. Olinda Rio e as suas ricas filhas causaram enorme sucesso, um ou outro CDS apareceu com ar de quem tinha ido ao mercadinho, onde João Orvalho aproveitou para comprar um pão caseiro, 5 voyeurs varreram a área e os vereadores que vão partir, que ficam e que pensam vir, posicionaram-se onde lhes pareceu que davam mais nas vistas.

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Para que possa ver, ouvir e ler o que se passou, veja o nosso vídeo amador e leia o discurso. Se desejar saber quem foi passar o fim de tarde ao jardim que Helena Freitas cedeu a Paulo Trincão, veja as imagens não editadas no Facebook de  Notícias de Coimbra

VÍDEO AMADOR COM DISCURSO DE BARBOSA DE MELO

VÍDEO POR COIMBRA


DISCURSO DE BARBOSA DE MELO:

Caros amigos e caras amigas:
Convidei-vos todos a juntarem-se a mim neste dia quente de Julho para vos dizer e, através de vós, dizer a Coimbra inteira – à cidade e a todos os seus lugares e freguesias –, que me vou candidatar à Camara Municipal de Coimbra nas próximas eleições autárquicas.
Depois de quase quatro anos de uma dura, trabalhosa mas muito gratificante experiência autárquica – primeiro como Vereador e depois presidindo à Câmara – sinto-me hoje muito mais bem preparado para servir Coimbra – e servir os homens e mulheres de Coimbra – desafiando-os para comigo concretizarem o sonho de um território de conhecimento, uma terra em que antigas tradições alimentam traços de contemporaneidade, de inovação e de criatividade, uma região de oportunidades para todos, com uma base económica robusta e cheia de espírito empreendedor, uma cidade símbolo do respeito, da tolerância, um município solidário com os que mais precisam, um exemplo de cidadania que envolva o contributo de todos para a mudança.
Os anos mais recentes foram anos de muitas realizações mas também de desilusões, anos em que acertei mas também errei decisões. Não vos prometo que vá acertar todas daqui para a frente, no caso de merecer a confiança dos cidadãos e das cidadãs de Coimbra a 29 de Setembro, porque estou certo de que continuarei a não ser perfeito…
Mas acredito que servir na política, numa sociedade moderna, não é para super-homens que nunca se enganam – é fundamentalmente um exercício de inspiração, de bom-senso e de verdade perante os nossos concidadãos, um exercício que passa por colocarmos em todas as decisões o nosso melhor, por trazermos para a nossa equipa os mais preparados, por explicarmos sempre as razões das nossas decisões a quem nos elegeu, de uma forma transparente, e por assumir sempre o que fazemos, mesmo quando erramos. É nesse estilo de fazer política pela positiva, ouvindo mais do que falando, sem rancores nem berrarias, com muito trabalho e com muita energia, é nesse estilo de fazer política que me inscrevo e é para esse estilo de fazer política que convido todos a acompanharem-me.
Além disso, a política – e a política local, em particular – tem uma dimensão de proximidade com as pessoas que é o seu principal sortilégio e sem a qual corremos o risco de nos desligarmos da realidade! Essa proximidade com os nossos concidadãos – com TODOS eles – é fundamental para dar sentido à intervenção pública dos homens e mulheres de bem, seja através da política seja através de outras formas de participação cívica e social. Na política em que me inscrevo, é a certeza de que o Mundo está cheio de imperfeições que faz brotar no coração o desejo de construir um Mundo melhor, de contribuir para uma sociedade mais justa, menos desigual e mais próspera, em que todos tenham oportunidades para realizarem o seu potencial.
O que nos impele a que façamos cada vez mais e melhor, quem nos dá ânimo para prosseguir este caminho de serviço que a política tem de ser – e a política autárquica em particular – é o miúdo que vai para a escola todos os dias de barriga vazia porque os pais não o podem alimentar, é o cidadão com deficiência que não é acolhido na sociedade como qualquer outro cidadão, é a idosa que vive sozinha e não ganha o suficiente para comprar os medicamentos que o médico lhe receitou, é o jovem casal que não consegue cumprir o seu projecto de família pela precariedade da sua situação laboral e económica, é o desempregado de mais de 50 anos que tantas vezes se sente encurralado na vida e que desespera por ser tratado com justiça pela sociedade para à qual já tanto deu, é o pequeno comerciante a quem a crise fez desaparecer a clientela e que vê ruir uma vida de trabalho… São todos esses nossos concidadãos que sofrem, que passam dificuldades (em particular nos tempos terríveis que assolam Portugal) que sinto que me chamam a que diga “presente!” e a que dê o meu melhor! É por eles que aqui estou e é por eles que irei bater-me sempre.
Não é hora hoje de descrever um programa eleitoral – isso acontecerá mais adiante e resultará de contributos que têm chegado de muita gente, de muitas pessoas empenhadas em trazer as suas ideias, os seus anseios e os seus projectos para o nosso programa de transformação de Coimbra. Também não é este o momento de anunciar a equipa que me acompanhará, e que irei reunir nas próximas semanas…
O que gostava, neste início de caminho, é de partilhar brevemente convosco a minha ideia de fundo sobre o futuro de Coimbra e como me parece possível lá chegar.
Se há algo de comum nas ideias sobre Coimbra de que comungam quer os que aqui residem, trabalham ou estudam, quer dos que, de fora, gostam dela ou apenas dela ouvem falar, é a opinião de que Coimbra tem um potencial enorme mas que está ainda longe de o alcançar.
Com a consciência de que estamos hoje mais perto de o poder fazer que há 10 anos atrás, concordo em absoluto com essa ideia! Somos uma cidade fantástica, um concelho cheio de lugares onde é bom viver e desenvolver um projecto de família, e é chegada a hora de desenvolver definitivamente esse potencial e de afirmar Coimbra como cidade de referência nacional e internacional no conhecimento, na criatividade, na cultura, na saúde, na tecnologia e também na economia!
Isto será tarefa para uma geração, e não vai acontecer de repente, mas, para que avancemos bem e depressa, é preciso não desperdiçar esforços, não cometer erros graves e, sobretudo, aproveitar muito bem as oportunidades que, na sequência de muito empenho de muitas pessoas e instituições de Coimbra, estão finalmente a aparecer!
Nas últimas semanas chegou uma grande nova a Coimbra, da qual tive a honra de ser o portador: a Universidade e a cidade foram entusiasticamente inscritas, por aclamação, na lista do Património Mundial das Nações Unidas, reconhecendo o nosso papel histórico na difusão da cultura, na união dospovos e na cultura do mundo moderno!
Aquilo que, a alguns, pode parecer um mero penacho adicional numa cidade que pouco precisa desse tipo de distinções, deverá – estou certo – constituir a espinha dorsal da tranquila revolução de que Coimbra precisa e que me proponho ajudar a construir.
Porque há ocasiões, na história de um território e de uma cidade, que rasgam janelas de oportunidade irrepetíveis e que
ou aproveitamos bem ou se perdem para sempre! O reconhecimento de Coimbra como Património da Humanidade
é uma dessas ocasiões e não vamos desperdiçá-la!
A inscrição na Lista da UNESCO começa por constituir um enorme desafio na relação do município e da cidade com o seu Centro Histórico. A revitalização e o repovoamento da Baixa e a construção de uma nova relação com o Mondego, a atenção ao espaço público em toda a zona histórica (Alta e Baixa), a recuperação e reabilitação do património construído, público e privado, são tarefas que temos de colocar cada vez mais no centro das nossas prioridades colectivas.
Redescobrindo o seu Centro Histórico, Coimbra reencontrarse- á com a sua alma, fazendo crescer o sentimento de pertença de todos, aumentando a auto-estima da cidade e o orgulho em sermos de cá. Mas em muitas outras áreas se irá notar a importância desta distinção.
Notar-se-á, por exemplo, na afirmação e consolidação internacional do pólo de saúde de Coimbra que, pela sua qualidade e potencial, ainda recentemente sustentou a inscrição de Coimbra como lugar de referência europeu para o envelhecimento activo e saudável, sendo agora a única região portuguesa nessa posição e com essa responsabilidade: apesar de muitas nuvens e incertezas pairarem sobre o processo de fusão e articulação das estruturas hospitalares de Coimbra, torna-se agora ainda mais necessário que tudo seja feito para garantir a qualidade, a notoriedade e a excelência deste que é um dos mais importantes sectores de actividade de Coimbra, à altura daquilo que todos esperarão de um hospital que, por ser universitário, carrega também consigo a marca de Património da Humanidade…
Também na afirmação cultural do município e do território envolvente, se irão fazer sentir os efeitos desta classificação, que a partir de agora chancelará todas as iniciativas do sector cultural e criativo da cidade, projectando-o para voos ainda mais altos do que os que têm sido conseguidos nos últimos anos.
Para além disso, o expectável incremento do número de visitantes e da duração das suas visitas, permite antever um forte empurrão na economia turística da região e nas oportunidades de negócio que esta gera em seu redor. Se tivermos o cuidado de ligar muito bem as dimensões turística e cultural da gestão autárquica será possível, estou certo, capitalizar todas essas oportunidades em prol de Coimbra!
Outra ocasião de ouro que se avizinha, na afirmação da vitalidade e modernidade cosmopolita de Coimbra, é a próxima abertura do Convento de S. Francisco, um espaço de excepção numa localização privilegiada que, por um lado, fará com que Coimbra possa, finalmente, acolher grandes Congressos e eventos nacionais e internacionais e, por outro, marcará de forma indelével a agenda para a criatividade e contemporaneidade de um vasto território que tem Coimbra no seu centro. Um território que Coimbra deve continuar a abraçar e promover, puxando por todos sem bairrismos nem
soberba…
Também a crescente ocupação do Coimbra Inovação Parque e o reforço da sua ligação às estruturas de incubação da Região, em especial ao Instituto Pedro Nunes, grande referência nacional na incubação de empresas tecnológicas, conjuntamente com o aumento de iniciativas empreendedoras que o novo estatuto de Património da UNESCO certamente gerará e atrairá, a somar à já anunciada vinda para Coimbra de alguns projectos empresariais de referência permitem, mesmo num tempo de dificuldades para o país, abrir um horizonte de esperança para a cidade, através do aumento do emprego e das oportunidades de negócio. O trabalho, agora, é prosseguir e aprofundar este esforço de captação de investimento externo, aproveitando a notoriedade acrescida que Coimbra acaba de obter.
Coimbra tem óptimas condições – e cada vez melhores condições – para atrair grandes eventos nacionais e internacionais, na ciência, na cultura e nas artes, no desporto.
Capitalizar cada vez melhor a sua posição geográfica, no centro do País, a sua imagem positiva e apaixonante, a capacidade organizativa que tem demonstrado é tarefa essencial para os próximos anos.
É verdade que alguns dos projectos fundamentais para que Coimbra se possa definitivamente afirmar não dependem só
de nós próprios, os de Coimbra. Refiro-me a questões como a do Metro Mondego, a da qualidade dos interfaces ferroviários
e rodoviários da cidade, a da ligação aos aeroportos, a da disponibilização de fundos para a reabilitação urbana, a da entrega à cidade de infra-estruturas tão importantes como o Choupal, a recuperação dos muros do Mondego e muitas outras para as quais se espera que haja agora novos argumentos com a inscrição na UNESCO – porque a tarefa detomar conta deste património da Humanidade é uma responsabilidade de todo o País e não apenas de Coimbra!
Pela nossa parte, continuaremos a ter uma actuação responsável, firme e forte na defesa de todos os dossiers fundamentais para Coimbra e para a sua capacidade para proteger e dar vida ao seu Património!
Sim, sonho que um dia Coimbra se afirmará definitivamente como o grande espaço metropolitano do Centro do País, como um pólo essencial para o equilíbrio do território nacional, uma Coimbra cidade do conhecimento com uma economia vibrante, com uma produção cultural cada vez mais rica e diversificada, um espaço de excelência para educar e criar os filhos, um território solidário, saudável e cosmopolita, gerido com inteligência, com economia e com respeito ambiental, um espaço que suscita a curiosidade e o interesse de cada vez mais visitantes que querem sentir a magia e a energia desta cidade e que deixam por cá um pouco de si próprios!…
É nesta visão positiva e virada para o futuro que me revejo, uma visão em que o passado e a contemporaneidade se cruzam e se fertilizam mutuamente num processo dinâmico e inspirador para os que cá vivem e para os que nos visitam.
Desde que, há 4 anos, me disponibilizei para este serviço aos meus concidadãos que tenho este sonho e que venho confirmando todos os dias que é um sonho partilhado por muitos.
Hoje, quatro anos volvidos sobre o início deste caminho e no início de nova etapa, sei que esse sonho está mais perto do que nunca de se poder tornar realidade, desde que sejamos capazes de colectivamente resistir às agruras que a desgraçada situação nacional nos impõe, e que não percamos o rumo, continuando a saber para onde vamos!
Os próximos anos continuarão a não ser fáceis para a gestão de uma autarquia mas uma cidade tanto precisa de “bom governo” em tempo de abundância, de muitos investimentos e grandes realizações, como nos tempos em que os recursos escasseiam e a economia se retrai. Direi até que nestas ocasiões precisa ainda mais de bom governo do que quando tudo corre bem!
Em tempos como os de hoje, uma cidade como Coimbra, com tanto potencial económico ainda por explorar, com tanta força científica e cultural ainda por mobilizar, com tanta energia ainda adormecida pode “dar o salto” e iluminar o caminho para toda a nossa Região. Vai ser um grande desafio, e um desafio apaixonante, a que serão chamados todos, qualquer que seja a sua filiação filosófica, religiosa ou partidária porque também é numa política assim que me inscrevo!
Uma palavra final gostava de deixar à minha família nuclear e aos mais amigos dos nossos amigos, principais vítimas desta disponibilidade para a vida pública que hoje reafirmo. À Luísa, minha companheira há 29 anos, aos meus filhos Ana, Leonor, Manuel e João, aos meus pais e a todos os amigos para quem deixei de ter o tempo que gostava de lhes dar, a todos eles queria… pedir paciência, compreensão e ânimo.
Sei que todos me acompanham nesta decisão e sei que contarei sempre com todos, tanto nas horas boas como, sobretudo, nas horas más!
Viva Coimbra!

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