Desporto

Joana Diogo entra bem no mundial de judo mas não ‘evita força bruta’ da mongol Bishrelt

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 07-10-2022

Um bom começo nos Mundiais de judo, com uma vitória em pouco mais de minuto de luta, ainda deu esperanças a Joana Diogo, que, a competir em -52 kg, se mostrava confiante para a competição em Tashkent.

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Os primeiros sinais foram animadores, com a judoca de Coimbra a resistir ao barulho local e a vencer na estreia, em 1.37 minutos, a uzbeque Sita Kadamboeva, 57.ª, com uma imobilização, depois de levar a sua adversária ao combate no chão.

Antes, Joana Diogo esteve quase 15 minutos a aquecer – com a portuguesa a revelar que se sentia gelada -, enquanto esperava que o combate anterior acabasse, o mesmo que lhe daria a oponente seguinte, caso vencesse Kadamboeva.

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Foi uma luta de ‘titãs’, a projetar o que Joana Diogo podia esperar de seguida: ou encontrava a número um mundial, a húngara Reka Pupp ou a mongol Khorloodoi Bishrelt, nona do mundo e um ‘monstro’ competitivo.

Pupp e Bishrelt digladiaram-se por ‘imensos’ 12 minutos, os quatro de combate, mais quase oito de prolongamento, com a húngara a parecer, tal como os gatos, ter várias vidas e a virar-se de barriga para baixo, de cada vez que a mongol a segurava no ar.

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Foram duas tentativas de Bishrelt para quebrar Pupp, com a húngara a evitar em ambas a projeção e foi apenas um terceiro castigo a quebrar a resistência da magiar, definindo que seria Bishrelt a defrontar Joana Diogo, caso esta vencesse.

A luta seria sempre de exigência máxima, com Joana a ter a confiança de uma recente vitória diante da mongol, nos quartos de final de Ulan Bator, onde acabaria por perder já no combate para a medalha de bronze.

“Hoje surpreendi a uzbeque, dou-me bem com as judocas locais, e na Mongólia também, tenho que lutar sempre na casa delas”, disse, mais conformada, a portuguesa, depois de passar na zona mista, sinal de que terminara a sua participação.

Joana Diogo tinha lutado há menos de meia hora com Bishrelt e, desta vez, não teve qualquer hipótese, mesmo estudando o movimento ‘clássico’ da mongol, duas vezes aplicado a Pupp, e também a ela, aos 43 segundos, mas ditando a sua eliminação.

A judoca até reconheceu estar preparada para esse ataque, mas explicou não ter conseguido reverter o movimento no ar, com Bishrelt a ‘travá-la’ pela manga, com a pega feita.

O segundo dia dos Mundiais de judo fechou para Portugal com a participação de Joana Diogo, a única que estaria hoje em prova, numa competição em que a comitiva lusa se cinge a oito judocas, número inferior aos 18 em Tóquio2019 e 13 em Budapeste2021.

No sábado, e com Telma Monteiro (-57 kg) a recuperar de uma cirurgia ao joelho, a seleção lusa não terá judocas em ação, e apenas no domingo será a vez de Bárbara Timo (-63 kg) e João Fernando (-81 kg).

Anri Egutidze (-90 kg) competirá na segunda-feira, o bicampeão mundial em título Jorge Fonseca (-100 kg) na terça-feira e Rochele Nunes (+78 kg) na quarta-feira, enquanto na quinta-feira a prova fecha com as equipas mistas, mas sem Portugal.

No primeiro dia, Rodrigo Lopes (-60 kg) e a vice-campeã europeia Catarina Costa (-48 kg) foram eliminados ao primeiro combate.

por Rita Moura, da agência Lusa

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