Portugal

Jesuítas portugueses preparam-se para mobilizar 4.000 pessoas na Jornada Mundial da Juventude

Notícias de Coimbra com Lusa | 11 meses atrás em 22-06-2023

Os jesuítas portugueses esperam mobilizar quatro mil pessoas para a Jornada Mundial da Juventude, promovendo atividades como o Magis, que reunirá pelo menos dois mil jovens em 10 dias de encontro espiritual antes do maior evento da Igreja Católica.

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“O objetivo é que se encontrem, que se conheçam, que celebrem juntos a fé, mas que depois possam partilhar essa experiência”, disse hoje à Lusa o coordenador do Magis, padre Samuel Beirão.

Samuel Beirão falava à margem da apresentação do programa da Companhia de Jesus da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e do Magis, que começa em 22 de julho, na Cúria Provincial dos Jesuítas no Lumiar, em Lisboa.

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Segundo o coordenador, outro dos grandes objetivos é que os jovens, com idades entre os 18 e os 30 anos, conheçam também o país com uma experiência em todas as dioceses e em algumas zonas de Espanha.

“Em 2011, quando a Jornada aconteceu em Espanha, os jesuítas espanhóis convidaram os jesuítas portugueses a colaborar na organização e desta vez fizemos o mesmo convite. Espanha surge nesta organização conjunta entre os jesuítas portugueses e os jesuítas espanhóis”, esclareceu.

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Os 1.992 peregrinos para Magis serão divididos em grupos de 20 ou 30 pessoas.

Samuel Beirão explicou que os jovens estrangeiros estarão misturados com outros de “quatro ou seis nacionalidades diferentes” para poderem conhecer outras realidades.

Os jovens peregrinos são provenientes de 80 países.

“Vêm seguramente de todos os continentes. As grandes delegações são França, que vêm mais de 300 pessoas, Espanha, mais 200, China, cerca de 80, Estados Unidos, 200… Temos uma grande representatividade do mundo inteiro. Queremos também que […] isto possa refletir alguma equidade ou que possa funcionar como um processo de reconciliação e de paz”, observou.

Samuel Beirão adiantou que as delegações de jesuítas da Rússia e da Ucrânia estarão juntas em Portugal.

“Em alguns países em que há guerra, conseguimos trazer jovens a vir e a dar o seu testemunho, como da América Latina e de alguns países africanos. Da Coreia do Sul também vem uma delegação, Timor e Indonésia vêm juntos”, acrescentou.

Acabando na véspera da JMJ, no Dia de Santo Inácio de Loiola, o Magis despedir-se-á na Igreja de São Roque, em Lisboa, abrindo as portas a todas as pessoas interessadas em participar.

Sobre a JMJ, Samuel Beirão disse que os jesuítas vão dar o seu contributo no programa do maior evento da Igreja Católica, que se realiza entre 01 e 06 de agosto, com uma componente mais cultural no “Largo da Misericórdia”, além de os padres estarem empenhados na celebração de sacramentos no “Parque do Perdão”, em Belém.

“A Santa Casa da Misericórdia [de Lisboa] associou-se como nossa parceira sobretudo no que diz respeito às infraestruturas e ao equipamento e nós contribuímos com a parte mais criativa e de voluntários. O que temos para oferecer é uma maneira iniciana [referente ao santo Inácio Loiola] de olhar para a Jornada”, salientou.

Em relação ao encontro com o Papa Francisco no dia 05 de agosto, os jesuítas manifestaram contentamento.

“É um encontro de companheiros, de amigos, em que podemos partilhar e estar de um modo mais descontraído com o Papa Francisco”, referiu.

Samuel Beirão disse ainda à Lusa que está prevista uma peregrinação desde o Largo da Misericórdia, junto à Igreja de São Roque, até ao Parque Tejo-Trancão no dia da vigília.

“Iremos sempre pela zona ribeirinha até chegar ao Parque Tejo-Trancão. Ao longo do caminho teremos momentos de descanso, de encontro, de festa, para que as pessoas se possam conhecer… Será apoteótico”, considerou.

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