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Jerónimo de Sousa promete campanha nas ruas e afasta despedida

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 31-12-2021

O secretário-geral do PCP garantiu que vai fazer uma campanha eleitoral de contacto nas ruas, dentro dos constrangimentos provocados pelo agravamento da pandemia, e descartou que estas sejam as legislativas da despedida.

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Nas eleições autárquicas a campanha de Jerónimo de Sousa foi mais resguardada do que o habitual, com menos contacto com a população pelas ruas. De outubro para agora houve um agravamento da situação pandémica, que deverá persistir até às eleições de 30 de janeiro.

Questionado, em entrevista à agência Lusa, a propósito das eleições legislativas, sobre o que é possível esperar da campanha, o secretário-geral comunista assegurou a presença nas ruas e o contacto com os eleitores, dentro do possível por causa da pandemia.

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“Vamos procurar fazer uma campanha pela positiva, com um sentido de esperança, de confiança, vivendo com essa situação sanitária que nos inquieta a todos, mas há que combater o medo”, completou.

Na ótica do dirigente do PCP, há um sério “risco de haver um grau de abstenção significativo” se a preocupação em relação à pandemia “se transformar em medo”. Para que isso não aconteça, Jerónimo de Sousa disse que tem de haver uma comunicação das medidas e da severidade da pandemia eficaz por parte do Governo, para que o pânico não se instale.

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A CDU não vai prescindir, prosseguiu, da uma campanha eleitoral junto das populações, apesar dos constrangimentos com a pandemia.

“Não é incompatível esta articulação entre cuidados de proteção de cada um e de todos, e, simultaneamente, não abdicar de direitos fundamentais, designadamente o exercício da política e da batalha eleitoral (…). Da parte do PCP não haverá nenhuma medida que vise impedir a luta política que o exercício da democracia por parte do povo pode ser feito”, elaborou.

É o quinto mandato de Jerónimo de Sousa enquanto secretário-geral do partido, o último renovado em 2020. É o deputado à Assembleia da República com mais anos ‘de casa’ e foi também eleito deputado à Assembleia Constituinte, em 1975, um ano depois da filiação no PCP.

Questionado sobre se antevê que esta possa ser a última campanha eleitoral às legislativas, o dirigente comunista respondeu que “um dia será”, mas esse dia não é já.

O momento atual é de “uma tranquilidade imensa” e Jerónimo de Sousa confessou que dentro do próprio Comité Central há um incentivo e acompanhamento constante dos restantes membros.

No entanto, “ninguém cá fica para semente”, reconheceu.

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