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JCP acusa Universidade de Coimbra de “aproveitamento” em programa de ação social

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 03-02-2014

 A Juventude Comunista Portuguesa (JCP) de Coimbra acusou hoje a Universidade de Coimbra de “aproveitamento” da situação dos estudantes em risco de abandonar o ensino superior num programa de ação social.

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A JCP de Coimbra considerou “ilegal, à luz da Constituição da República”, a criação do Programa de Apoio Social a Estudantes através de atividades de tempo parcial (PASEP), criado pelos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC), que prevê que os estudantes trabalhem nas estruturas da instituição e cujo pagamento é convertido numa atenuação do preço do alojamento ou de propinas ou na entrega de senhas de alimentação.

A agência Lusa contactou a Universidade de Coimbra, que se recusou a comentar a acusação feita pela JCP.

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Segundo o comunicado da JCP, a Universidade “mais não faz do que usar, de forma gratuita, as dificuldades que enfrentam os estudantes para preencher funções e postos de trabalho necessários, despedindo trabalhadores e pondo em causa o direito à Educação e ao Trabalho de uma machadada só”.

O programa “vem institucionalizar que uns têm que trabalhar gratuitamente para poderem estudar”, quando tal situação “é contra aquilo que a constituição defende e contra aquilo que se pretende para uma sociedade de progresso”, criticou Alma Rivera, membro da JCP de Coimbra.

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A também estudante da Universidade de Coimbra afirmou que o PASEP “coloca os estudantes numa situação de chantagem”.

Alma Rivera sublinhou que a própria criação destas medidas surge no seguimento da “asfixia financeira” de que sofrem as universidades, que acabam “por ter de dispensar trabalhadores”.

“Não vale usar mesinhas quando há um problema infecioso”, disse à Lusa, frisando que se “tem de resolver a raiz do problema, que é a falta de financiamento no ensino superior”.

Para a membro da Juventude Comunista, o PASEP “não é solução” e “faz parte do problema”, sendo “perverso” usar “esquemas para contornar a situação”.

O Estado “tem de garantir um ensino superior público, gratuito e democrático”, defendeu Alma Rivera.

Neste momento, há 56 estudantes que, ao abrigo do PASEP, trabalham em vigilância nas bibliotecas, na área alimentar das cantinas, em apoio administrativo, ou a ajudar em trabalhos de pintura e de limpeza nas residências da UC.

O programa prevê um limite de quatro horas por dias e 12 horas por semana.

Há cerca de 500 estudantes inscritos no portal do PASEP, sendo as atividades pagas entre 4,8 euros e os 12 euros à hora, dependendo da complexidade do trabalho.

 

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