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Japão regista sismo de 6,7 e emite alerta de tsunami

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 horas atrás em 12-12-2025

Um terramoto de magnitude 6,7 ocorreu hoje ao largo do norte do Japão, anunciou a agência meteorológica japonesa (JMA), poucos dias após um tremor de magnitude 7,5 na mesma zona, que causou pelo menos 50 feridos.

A JMA, que reviu a sua estimativa inicial de magnitude 6,5, também alertou que ondas de tsunami de até um metro poderão atingir a costa do Pacífico ao norte.

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O Instituto de Estudos Geológicos dos Estados Unidos (USGS) informou que o tremor, que também estimou em magnitude 6,7, ocorreu a 130 quilómetros ao largo de Kuji, no departamento de Iwate, na ilha principal de Honshu.

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A emissora de televisão pública NHK precisou que a intensidade dos tremores foi menor do que a do terremoto de segunda-feira à noite, que derrubou objetos das prateleiras, danificou estradas, quebrou janelas e provocou ondas de tsunami de até 70 centímetros.

A Autoridade Reguladora Nuclear informou que nenhuma anomalia foi detectada nas instalações nucleares da região.

Após o tremor de segunda-feira, a JMA emitiu um alerta raro sobre um possível novo terremoto nos sete dias seguintes, com magnitude igual ou superior.

O alerta diz respeito à zona de Sanriku — a ponta nordeste da grande ilha de Honshu —, bem como à ilha setentrional de Hokkaido.

A região ainda está traumatizada pelo terramoto de magnitude 9,0 de março de 2011, que provocou um tsunami, causando cerca de 18.500 mortos ou desaparecidos.

Em agosto de 2024, a JMA emitiu o seu primeiro aviso especial, desta vez para a parte sul da costa do Pacífico do Japão, devido à possibilidade de um forte tremor ao longo da fossa de Nankai, ao largo do país.

Esta fossa submarina de 800 quilómetros é a zona onde a placa oceânica do mar das Filipinas “afunda” lentamente sob a placa continental sobre a qual assenta o Japão.

O Governo japonês estima que um terramoto na fossa de Nankai, seguido de um tsunami, poderia matar até 298.000 pessoas e causar até 2 biliões de dólares em danos.

O aviso do ano passado foi retirado uma semana depois, mas provocou compras massivas de produtos básicos, como arroz, e levou os turistas a cancelarem reservas.

O Japão fica na junção de quatro grandes placas tectónicas, na borda ocidental do “círculo de fogo” do Pacífico, e o país está entre os mais sismicamente ativos do mundo.

O arquipélago, que tem cerca de 125 milhões de habitantes, sofre cerca de 1.500 tremores por ano. A grande maioria é leve, embora os danos variem de acordo com a localização e a profundidade abaixo da superfície terrestre.

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