Justiça
Jair acusado de esfaquear, abandonar corpo e colocar fogo para apagar pistas
Imagem: Facebook
O Ministério Público (MP) acusou de homicídio qualificado, profanação de cadáver, violência doméstica e incêndio o suspeito de matar, em maio, uma mulher em Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro, indicou a Procuradoria-Geral Distrital do Porto (PGDP).
Em nota publicada na sua página da Internet, a PGDP refere que o MP considerou indiciado que, entre as 20:18 de 18 de maio deste ano e as 02:00 do dia seguinte, o arguido, de 54 anos, “após transportar a vítima num automóvel para um local ermo, desferiu, com um instrumento corto-perfurante”, pelo menos 10 golpes no tórax da vítima, de 69 anos, e um golpe nas costas.
“Indiciou-se, ainda, que o arguido abandonou o cadáver da vítima em local isolado e de difícil acesso, com a intenção de fazer crer aos familiares que a vítima ainda se encontrava viva, encobrindo, assim, o crime que planeou e concretizou”, diz a PGDP.
O MP sustenta que, quatro dias depois, em 22 de maio, “o arguido deslocou-se à garagem da sua residência, onde se encontrava o veículo utilizado no transporte da vítima, e ateou fogo à lenha ali existente”.
Segundo a PGDP, que cita a acusação do MP, o arguido estaria “ciente de que tal incêndio poderia não apenas destruir a garagem, mas também propagar-se a outras dependências da residência, aos bens ali existentes e à vegetação próxima, colocando em perigo habitações, bens e pessoas nas imediações”.
O despacho de acusação foi deduzido em 03 de dezembro pelo MP no Departamento de investigação e Ação Penal (DIAP) de Aveiro, secção de Oliveira do Bairro.
O arguido encontra-se a aguardar julgamento sujeito à medida de coação de prisão preventiva.
O homem foi detido pela GNR, “perto da sua área de residência, em Oliveira do Bairro”, 20 dias depois do alerta para o seu desaparecimento e o da vítima, com quem teve um curto namoro.
O corpo da mulher foi encontrado em 01 de junho, na zona de Mortágua, distrito de Viseu.
Na ocasião, a Polícia Judiciária (PJ) informou que, “no seguimento de intensas e ininterruptas buscas”, tinham localizado um corpo na zona de Mortágua, supondo tratar-se da mulher desaparecida, o que se confirmou.
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