A fachada lateral norte do Convento São Francisco recebe, durante o mês de outubro, a obra “Regresso a Gaza”, de Isabel Simões, no âmbito do projeto de arte pública “Outdoor ’25”, da associação P28. Este é o 7.º e último trabalho da programação deste ano do projeto “Outdoor ’25”, que transforma painéis publicitários em suportes de arte contemporânea e que, nesta edição, percorreu sete cidades portuguesas, com novas propostas todos os meses.
O trabalho de Isabel Simões desdobra-se em suportes distintos (pintura, desenho ou performance) afetados pelos espaços que habitam e por uma relação de escala e lugar com o observador. Imagens-objeto constroem-se no processo de pintura a partir imagens captadas de espaços e objetos quotidianos.
Isabel Simões nasceu em Lisboa, em 1981. É licenciada em Artes Plásticas – Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Expõe desde 2003 e, em 2011, foi artista residente na Künstlerhaus Bethanien, em Berlim (Bolsa João Hogan, da Fundação Calouste Gulbenkian).
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Entre as exposições em que participou, destaque para a Expanded Painting, 2.ª Bienal de Praga (2005); 7 Artistas ao 10.º Mês, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (2005); Blame the City, Módulo, Lisboa (2006), Prémio Fidelidade/Mundial Jovens Pintores, Culturgest, Lisboa (2007); O Museu em Ruínas, Coleção António Cachola – MACE, Elvas, 2009; Unfolding: Space, Grimmuseum, Berlim (2011); An Oblique Fiction, Kunstlerhaus Bethanien, Berlim (2011); Portugal Em Flagrante – Operação 2, CAM/ Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (2016); Divagar Devagar, Córtex Frontal, Arraiolos (2021); A Gravidade e a Graça e Humor, Galeria Bruno Múrias, Lisboa (2019 e 2022); Tisanas, Centro de Arte e Cultura Fundação Eugénio de Almeida, Évora (2022); e Vistas Para o Avesso do Mar, Artíssima, Turim, (2022).
Para além de Isabel Simões, a fachada do Convento São Francisco já acolheu, no âmbito do “Outdoor ’25”, trabalhos de seis artistas visuais: Cláudia R. Sampaio, Edson Chagas, Isabel Baraona, José Maçãs de Carvalho, Luísa Cunha e Pedro Valdez Cardoso. O projeto está a passar por Évora, Faro, Lisboa, Setúbal, Viana do Castelo e Viseu. Criado em 2012, o projeto procura democratizar o acesso à criação contemporânea através da ocupação de espaços tradicionalmente publicitários.
Este ano, a rede de painéis foi alargada de cinco para sete cidades, incluindo capitais de distrito do interior. A P28, responsável pelo projeto, é uma associação cultural sem fins lucrativos financiada pela República Portuguesa – Cultura/Direção-Geral das Artes, no âmbito do Programa de Apoio Sustentado às Artes.
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