Coimbra

Investidor do hotel de luxo para estudantes tem muitos amigos em Coimbra e conta abrir portas em 2019

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 09-10-2018

O fundo estrangeiro que deseja abrir uma “habitação de conveniência” nas antigas instalações da na EDP não esperou pelo licenciamento municipal para anunciar que tinha intenção de abrir portas em 2019.

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Na página do empreendimento, que adota o nome Collegiate, podemos ler que os investidores conta(va)m abrir  portasno próximo ano lectivo.

“Quer ser o primeiro a descobrir o nosso novo alojamento para estudantes em Coimbra e saber quando vamos divulgar os valores dos alojamentos a partir de setembro de 2019?”, pergunta o denominado alojamento de luxo para estudantes, antes de convidar os putativos clientes a preencherem uma ficha de inscrição para estarem entre “os primeiros a descobrir quando vão estar abertas as reservas para 2019/20!”.

Constatamos que estes empresários contavam com uma autêntica “via verde” do investidor para operar em Coimbra.

No site onde podemos ler que Coimbra é “a quarta maior cidade de Portugal e a capital medieval do país”(!) é transmitida a ideia que o empreendimento está disponível para receber estudantes em 2019.

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O Collegiate garante que “tem o prazer de proporcionar um alojamento de luxo no coração de tudo isto, melhorando o seu estilo de vida e criando a melhor casa longe de casa nesta cidade encantadora”.

O facto da oposição não ter aberto a “portagem”, não agradou a João Pessoa Jorge, representante do investidor Temprano , que fez questão de falar com os jornalistas no final da reunião em que não obteve o desejado perdão do executivo municipal de Coimbra.

O “partner” da Temprano Capital Partners,  sócia minoritário de um “fundo de gestão de fundos imobiliários” que detém a WPC 18 Coimbra, promotora do alojamento conimbricense, afirmou que o chumbo tem “razões partidárias.

“Isto é politiquice baixa”. É triste que isto aconteça”, estão votar contra porque são da oposição” disse o empresário depois de ter assistido à análise e votação da sua proposta.

Este ex-quadro da SONAE fez questão de contar que “toda a gente deu o maior apoio  a este projecto como de interesse para a cidade” e que tinha sido recebido por Manuel Machado e que tem contado com o apoio dos serviços tónicos da autarquia.

Franco António Jorge diz que “nós demonstramos por A+B como tem sido em Lisboa e no Porto que uma residência de estudantes não precisa de tantos lugares de estacionamento”.

“Eu moro no distrito de Coimbra, eu tenho muitos amigos em Coimbra, alguns professores catedráticos. Alguns professores que incentivaram e que me dizem que a Reitoria da Universidade de Coimbra tem interesse em ter este tipo de empreendimentos”.

O representantes dos investidores estrangeiros afiançou ainda que o “Reitor vai ficar de boca aberta”.

Eu como português fico mesmo muito entristecido com o que aconteceu. Coimbra não merece, Coimbra sofre com este tipo de atitude, concluiu Franco António Jorge, que contava inaugurar o Collegiate em agosto de 2019.

Ouça as declarações de Franco António Jorge:

Recordamos que a promotora WPC 18 Coimbra contava que a Câmara Municipal de Coimbra aprovasse uma grande redução dos locais de estacionamentos previstos para este empreendimento.

Os votos contra de Mais Coimbra (PSD/CDS/PPM/MPT), movimento Somos Coimbra e  Coligação Democrática Unitária impediram que a Câmara Municipal de Coimbra reduza o número de lugares de estacionamento previsto para esta “habitação de convivência” com 349 quartos, na Rua do Brasil, em Coimbra.

Ouça o que foi dito na reunião da CMC:

O Expresso publicou em 2017 que a Temprano é  “o maior investidor no ainda incipiente mercado de residências universitárias em Portugal”.

“Nos próximos dois anos vai disponibilizar 1500 estúdios para estudantes em Lisboa, Porto e Coimbra” acrescentava o jornal de Pinto Balsemão.

Uma reportagem do Público sobre o College guestionava:Serão os alunos estrangeiros a nova galinha de ovos de ouro do alojamento?

A lacuna neste segmento do luxo era tão grande que Jonathan Holloway, responsável pelas residências universitárias na Temprano, confesou ter tido dificuldade em definir preços.

“Foi um tiro no escuro.” Por enquanto fixou-os entre os cerca de 550 euros por pessoa (num quarto para dois) e os 1300 euros por mês (este com terraço).

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