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Intervalo entre toma de doses da vacina da Pfizer sobe para 28 dias

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 01-03-2021

O prazo entre a toma das duas doses da vacina da Pfizer/BioNtech contra a covid-19 foi alargado de 21 para 28 dias, anunciou hoje o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales.

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De acordo com o governante, a alteração do tempo de intervalo vai permitir intensificar o ritmo de vacinação em mais 100 mil pessoas até ao fim deste mês, tendo ainda sublinhado o “amplo consenso técnico” em torno da revisão da norma da Direção-Geral da Saúde sobre esta vacina.

“Queremos dar nota de que foi hoje mesmo atualizada a norma 21 de 2020 da DGS, relativa à vacina da Pfizer, alargando de 21 para 28 dias o intervalo entre a toma da primeira e da segunda dose. É uma decisão com amplo consenso técnico da DGS e do Infarmed e que vai permitir a vacinação de mais 100 mil pessoas até ao final de março”, afirmou, numa conferência de imprensa realizada no Ministério da Saúde, em Lisboa.

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António Lacerda Sales indicou também que até este domingo tinham sido administradas 868.951 vacinas, das quais “603.585 são primeira dose e 265.366 segunda dose”, destacando a performance nacional no contexto europeu.

“Dois meses após o início do processo de vacinação, o país encontra-se acima da média europeia, com 8,45 doses administradas por 100 habitantes e sabemos que a média europeia é de 7,35. Não estamos perante um ranking de países, estamos todos a fazer o nosso caminho com um objetivo: proteger a vida dos nossos cidadãos”, reforçou.

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Em termos de vacinação de alguns grupos prioritários desta primeira fase, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde observou ainda que aproximadamente 35% da população acima de 80 anos em Portugal continental “já recebeu pelo menos uma dose de vacina contra a covid-19” e que “cerca de 9% já está imunizada com as duas doses de vacina”.

Paralelamente, há já 70% de profissionais de saúde que recebeu pelo menos uma dose da vacina.

Questionado sobre o reforço de aquisição de doses de vacinas pelo país para 38 milhões, anunciado pela ministra da Saúde, Lacerda Sales lembrou que se trata de “mecanismos europeus de aquisição central” e apontou igualmente a Bruxelas uma decisão sobre a ideia de um passaporte de vacinação, sem deixar de referir que “é uma questão que tem de ser muito bem estudada”, citando aspetos a ter em conta, como a proteção de dados ou a equidade.

“A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta segunda-feira que vai ser apresentada uma proposta para a criação de um passaporte digital de vacinação para todos os estados-membros da União Europeia ainda este mês. De qualquer forma, reitero que é uma situação que está em estudo a nível nacional e europeu”, notou, numa conferência onde estiveram também a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, e o coordenador da ‘task force’ do plano de vacinação, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.

De acordo com o boletim divulgado hoje, Portugal registou nas últimas 24 horas 34 mortos relacionados com a covid-19 e 394 novos casos de infeção com o novo coronavírus.

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