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Instituto Superior Miguel Torga de luto pela morte de José Luís Pio Abreu

Notícias de Coimbra | 3 horas atrás em 19-06-2025

O médico psiquiatra e autor José Luís Pio Abreu morreu hoje aos 81 anos, confirmou hoje Horácio Firmino, diretor do Serviço de Psiquiatria da Unidade Local de Saúde de Coimbra.

Numa publicação na rede social Facebook, o psiquiatra Horácio Firmino adiantou que “a direção do Serviço de Psiquiatria da ULS Coimbra ao tomar conhecimento do falecimento do Sr. Prof Doutor José Luís Pio Abreu, que contribuiu de superior maneira para o desenvolvimento e prestigio do Serviço e da Psiquiatria em Portugal, sente que fica mais pobre a comunidade psiquiátrica”.

O Instituto Superior Miguel Torga (ISMT) manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento de José Luís Pio Abreu, figura de relevo nesta instituição enquanto docente e antigo Presidente do Conselho Pedagógico. A sua passagem pelo ISMT deixa uma marca indelével na comunidade académica, que recorda com respeito o seu contributo intelectual, humano e institucional. A toda a família e amigos, a instituição endereça as mais sentidas condolências.

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José Luís Pio Abreu nasceu em Santarém, em 1944, e foi psiquiatra do Hospital da Universidade de Coimbra e professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

Ao longo da sua vida publicou livros ligados à psiquiatria, disponíveis editora Leya, nomeadamente “Quem Nos Faz Como Somos”, publicado em 2007, “Como Tornar-se Doente Mental”, em 2009, “Estranho Quotidiano”, em 2010, “O Bailado Da Alma”, em 2014, “A Queda dos Machos”, em 2019, e a “Pequena História da Psiquiatria”, em 2021.

Foi também presidente da Sociedade Portuguesa de Psicodrama (SPP) e era, desde 2014, membro do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa.

Pio Abreu foi homenageado pelo seu percurso enquanto médico psiquiatra no XVII Congresso Nacional de Psiquiatria, em 2023.

Realizou o seu doutoramento em 1984, com uma tese ligada à Psiquiatria Biológica, e um segundo na área da Agregação, em 1996.

Durante o seu percurso universitário fez parte da revolta estudantil de Coimbra, em 1969, também conhecida como Crise Académica, em que os estudantes exigiam a reintegração de professores e a democratização do ensino superior, em rebelião contra a ditadura do Estado Novo. 

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